ANOTAÇÕES DE:

OS VERDADEIROS PENSADORES DE NOSSO TEMPO

 

AUTOR: GUY SORMAN

 

III - O HOMEM ACIDENTAL

 

MOTOO KIMURA

            Tentemos reduzir a escala do tempo a um ano teórico em que cada mês seja o equivalente a aproximadamente 400 milhões de anos reais. Nesse calendário a Terra aparece em 10 de janeiro e a origem da vida em meados de fevereiro. Os mais antigos fósseis que conhecemos, as bactérias, remontam ao final de abril. A idade dos dinossauros se estende de 11 a 26 de dezembro, e os mamíferos nascem em meados de dezembro. A origem dos homens pode ser fixada em 31 de dezembro, às 8 horas da noite, e o aparecimento da agricultura às 23 horas e 59 minutos. É nos dois últimos segundos, nesta escala do tempo, que nasce a ciência moderna; foi ela que nos  permitiu descobrir tudo o que a precedeu. Eis porque o espírito humano tem dificuldade de se habituar às leis da evolução, se bem que as provas incontestáveis de sua legitimidade se acumulem.

 

            Tudo isto virá a acontecer se nossa espécie não for aniquilada por um meteorito. Estatisticamente a Terra conhece uma extinção em massa comparável em amplitude à dos dinossauros a cada 26 milhões de anos. Isso é matemático!. . .

 

 

IV - A CULTURA RELATIVA

 

CLAUDE LÉVI-STRAUSS

            Se a proibição do incesto tivesse verdadeiramente um fundamento natural, teríamos dificuldade em compreender por que razão as sociedades eram obcecadas por ela e se aplicaram, com desvelo obstinado, em decretá-la.

 

NOAM CHOMSK

            A humanidade é homogênea em sua expressão lingüistica, exatamente como o é em sua biologia. Não resta nenhuma dúvida quanto ao fato de que todas as línguas podem ser aprendidas e também traduzidas em outras línguas. Nenhuma dificuldade de tradução é intransponível no seio da espécie humana. Inversamente, se nossa humanidade entrasse em contato com "extraterrestres", cuja constituição no plano  biológico fosse diiferente, não poderíamos certamente compreendê-los; a comunicação oral seria provavelmente impossível, uma vez que esta é condicionada por nossa natureza.

 

            As crianças sabem falar como sabem ver ou como o pássaro sabe voar. O adulto apenas estimula a criança; ele a direciona para uma determinada língua, no quadro limitado da gramática universal.

 

            A capacidade de aprender uma língua não é influenciada pelo coeficiente de inteligência de uma criança. Mesmo que ela não seja muito dotada, a linguagem da criança é normal, a sintaxe se organiza espontaneamente, tudo funciona.

 

            Como são inatas, todas as línguas, desde as suas origens, são uniformemente complexas.

 

ZHAO FUSAN

            "É preciso apoiar o que é correto, sem pensar em benefícios; seguir o caminho, sem ter em conta os resultados". (Tung Chung-Shu, primeiro sécula da era cristã)

 

            Na China, o dever moral dos pais e mestres é zelar para que as crianças não cometam faltas; o objetivo é a uniformidade social. A consequência nefasta disto pode ser a doutrinação. É por esta razão que as formas políticas da China e do Ocidente evoluíram de maneiira radicalmente diferentes.

 

 

V - A LIBERDADE SOBRE CAUÇÃO

 

BRUNO BETTELHEIM

            Se a liberdade do espírito recua, é porque, diante das dificuldades características do mundo moderno, os homens têm tendência a abdicar de qualquer esforço individual e se entregar às soluções totalitárias.

 

            Não há nada de novo sob o sol: os pais sempre mantêm com seus filhos adolescentes relações conflituosas. (...) Um adolescente é dividido entre duas personalidades contraditórias: a infância que lamenta estar deixando e a idade adulta na qual ingressa com apreensão. Se os pais tratam o filho como adulto, a parte criança se aborrece por não ser mais protegida. Se o trata como criança, a parte adulta fica indignada por ser assim rebaixado. A atitude dos pais é, pois, inevitavelmente desastrosa, o conflito inevitável, sendo, aliás, desejado pela criança.

 

            Serão necessárias muitas gerações até que a família reencontre seu equilíbrio interior, para que os filhos se integrem sem distúrbios maiores na sociedade adulta... Várias gerações serão necessárias para fazer com que desapareça a distância entre nossa evolução psicológica e cultural, de um lado, e o estado técnico da sociedade, de outro. Enquanto se espera, a ansiedade individual só tende a crescer.

 

            A sociedade totalitária permite ao indivíduo fundir-se na massa e entregar a outros - o Chefe, o Partido, a Ideologia - a tarefa de pensar por ele e de resolver suas angústias pessoais. A sociedade totalitária tem, além disso, o aparente mérito de apresentar respostas simples a questões complexas, respostas que, às vezes parecem até científicas. A conseqüência última dessa sociedade de massa é o campo de concentração, no qual não há, absolutamente, mais indivíduo nenhum.

 

THOMAS SZASZ

            Não há doentes mentais, a loucura não existe, é uma metáfora!

 

            O que chamamos de doença mental são os comportamentos de indivíduos que nos perturbam.

 

            O papel dos psiquiatras na sociedade moderna é liberar os culpados e internar os inocentes.

 

            Não queremos admitir que o livre-arbítrio possa conduzir ao crime. Logo, o crime não deve ser o resultado do livre-arbítrio, mas da doença mental!

 

            Se verdadeiramente o comportamento pudesse ser analisado a partir da observação do cérebro, por que não procuram então explicar as causas químicas de uma boa ação e só se interessam pelas más? Na realidade, a maioria dos criminosos é normal, e mesmo bastante inteligente para executar crimes extremamente complexos.

 

            Você já percebeu que há 25 anos os governos empreendem, uma suposta "guerra" contra as drogas e não conseguem nenhuma vitória? É porque amam esta guerra e não desejam ganhá-la. Todas as sociedades têm necessidade de empreender uma guerra, de preferência civil.

 

            Mas como não sabemos curar o mal de viver, preferimos "tratar" do drogado. Ou os candidatos ao suicídio.

 

            Numa sociedade de homens livres, todos devem ser responsáveis pelos seus atos e como tal sancionados. Se o drogado comete um crime, deve ser punido por causa desse crime, não por que é drogado. Se o cleptômano rouba, se o pirômano incendeia, se o regicida assassina, devem ficar sob a ação da lei e ser castigados.

 

 

MARVIN MINSKY

            Uma conseqüência inevitável da evolução das máquinas será o fim dos empregos, processo esse apenas iniciado. Será preciso, então, que os homens encontrem outras ocupações. Mas a humanidade, há duzentos anos, passava 95% do tempo procurando alimentar-se; hoje, dedica apenas 5% para isso. A televisão não teria chegado na hora exata para preencher o vazio já criado  pelas máquinas?

 

 

VII - O ESPÍRITO DE RESISTÊNCIA

 

KENJI NAKAGAMI    

            A sociedade japonesa é o oposto das aparências: longe de ser homogênea e civilizada, ela é, na realidade, hierárquica, repressora, profundamente desigual, baseada na exclusão do outro e no ato de engendrar bodes expiatórios, como os burakumin e os imigrados.

 

            O efêmero é a própria essência do Japão, pois cada um aqui sabe que, a qualquer momento, um terremoto pode nos engolir.

 

 

VIII - A SOLUÇÃO LIBERAL

 

FRIEDRICH A. HAYEK

            Na economia de mercado como na natureza, a ordem nasce do caos; o agenciamente espontâneo de milhões de decisões e de informações conduz não à desordem, mas a uma ordem superior.

 

            Acreditar que o poder político é capaz de substituir o mercado é um absurdo.

 

            Ser construtivista é acrediitar que se pode refazer o mundo a partir de um projeto teórico de sociedade. Este é o grande erro dos socialistas.

 

            A família ou a economia de mercado são produtos da ordem espontânea. Nenhum intelectual decidiu um belo dia criar uma organização que deveria se chamar  capitalismo ou economia de mercado.

 

            A própria Lei perdeu seu sentido: princípio universal de início, ela não passa hoje de uma regra móvel destinada a servir a interesses particulares. . . em nome da justiça social!

 

            Os governos tornaram-se instituições de caridade expostas à chantagem dos interesses organizados. Os políticos cedem tão mais facilmente quanto a distribuição de vantagens permite "comprar" partidários. Aliás, os partidos modernos se definem agora pelas vantagens particulares que eles prometem, e não pelos princípios que defendem.

 

 

MURRAY ROTHBARD

            O Estado nada mais é do que uma associação de indivíduos que estão de acordo entre si para fazerem-se chamar de Estado.

 

            Os proprietários do Estado são os únicos indivíduos em nossa sociedade a obterem suas rendas pela coerção. (. . .) Bastaria suprimr a ameaça para que os contribuintes cessassem instantâneamente de pagar.

 

            O Estado é a mais vasta e a mais formidável organização criminosa de todos os tempos, mais eficaz do que qualquer máfia na história.

 

            Os ideólogos são encarregados de explicar que um crime individual é culpável, mas que, cometido em massa pelo Estado, é justo.

 

            La Boëtie, há quatro séculos, em seu Discurso sobre a servidão voluntária, já havia definido o Estado como o poder tirânico de uma minoria aceito por uma massa tolerante.

 

            Que é, concretamente, a liberdade? "É o direito natural, para cada indivíduo, de dispor dele mesmo e do que adquiriu pela troca ou pela doação: a propriedade e a liberdade estão, portanto, indissociáveis.

 

            O que funciona mal na sociedade atual é o que é público e que não pertence a ninguém. Exemplo: a poluição. É pelo fato de o ar ou a água não pertencerem a ninguém que cada um pode poluir sem conseqüência. Se a atmosfera fosse privatizada, seus proprietários preservariam sua limpeza!

 

            Numa sociedade libertária, o crescimento econômico seria rápido, pois o Estado não a reprimiria mais através de suas arrecadações e regulamentações: haveria, portanto, muito menos pobres. E a caridade seria reabilitada. No sistema atual, em face da miséria, nossa reação é dizer: "Que o Estado se ocupe dela!" Na sociedade libertária, os sentimentos de solidariedade e de ajuda mútua comunitária renasceriam.

 

ROSE E MILTON FRIEDMAN

            A boa resposta à pobreza das populações marginalizadas deveria ser a criação do "imposto negativo sobre a renda". Esta idéia, que tem adeptos à direita como à esquerda, seria o único meio de controlar as despesas sociais.  Nesse sistema, todas as ajudas atuais seriam substituídas por um mínimo garantido a cada cidadão, e cada um se encarregaria de gerir essa renda mínima da melhor maneira possível. Se esta idéia revolucionária ainda não logrou sucesso, é talvez porque a crise da Previdência Social americana não é ainda suficientemente grave para que tal reforma apareça como indispensável.

 

A inflação é sempre detestável, e os melhores meios de contê-la são: a liberação dos preços, a livre negociação internacional e a independência do Banco Central.

 

IX - UMA NOVA RIQUEZA DAS NAÇÕES

 

OTAVIO PAZ

            Ao contrário dos padres que souberam "mexicanizar" o cristianismo, os intelectuais foram incapazes de "mexicanizar" a democracia. Eles jamais refletiram sobre os verdadeiros problemas do povo, foram "inferiores à sua missão Histórica".

 

Ashis Nandy

 

            A maioria dos jornais do Terceiro Mundo, valoriza o que é "moderno" e considera degenerado tudo o que é tradicional. Exemplo: os satees, o ritual do suicídio das viúvas indianas sobre a fogueira de seus maridos. Vinte satees foram realizados em toda a Índia durante os dez últimos anos, porém o acontecimento sempre aparece na primeira página dos jornais, nas manchetes, suscitando igualmente grande número de colóquios e publicações. Em conpensação, os assassinatos cotidianos em decorrência da promiscuidade nas habitações coletivas de Bombaim ou Calcutá nunca são relatados.

 

            Quantas gerações ainda devem ser sacrificadas em nome de um pretenso desenvolvimento e em benefício de quem?

 

M. S. SWAMINATHAN

            O Terceiro Mundo não sofre da fome, mas sim da pobreza, o que não é a mesma coisa e não pede as mesmas soluções.

 

            É inútil encaminhar doações de alimentos para o Terceiro Mundo, a não ser em casos especiais, de catástrofe ou de guerra. É fácil ver como a remessa das suas sobras pode aliviar a consciência pesada dos europeus, mas não é tão fácil compreender em que medida ela corresponde às necessidades dos destinatários. Muito pior: aquelas sobras costumam fazer baixar os preços nos países que as recebem, o que arruína os agricultores locais, provocando a queda da produção de alimentos.

 

            É com o desenvolvimento da autonomia econômica das mulheres que estas passarão a reduzir por conta própria o número de filhos. A redução autoritária da natalidade não permite aumentar os recursos alimentares. Em contrapartida, o desenvolvimento agrícola pode efetivamente levar a uma queda da natalidade.

 

            A alfabetizaçãp não é a condição prévia para o desenvolvimento, mas sim a sua conseqüência. Em geral, um povo nunca entra na via do desenvolvimento porque os experts internacionais o forçam a reduzir a natalidade e a educar as crianças. Só depois de enriquecer é que as camponesas da Ásia ou da África poderão escolher livremente ter menos filhos e educá-los melhor.

 

            No final das contas, a melhor defesa contra a fome á a liberdade de expressão. (. . .) Tanto quanto a propriedade particular, o que condiciona a luta contra a fome é a liberdade política.

 

X - A VOLTA DO HOMEM RELIGIOSO

 

RENÉ GIRARD

            Girard nos revela, essencialmente, três segredos: a violência é o alicerce de toda sociedade; o ritual religioso é o alicerce de toda cultura; a Revelação cristã alterou radicalmente esses fundamentos, substituindo a violência pelo Amor.

 

No começo de toda sociedade existe a violência; mas não a agressão bárbara e anônima! Nossa violência é criada a partir da imitação: nós só desejamos aquilo que o outro deseja.

 

            A imitação visa a criar a "indiferenciação". Quando se mexe nos papéis é que aparece a crise. Comprovadamente, a sociedade moderna vive uma crise de indiferenciação generalizada: fim da diferença entre os povos, as classes, as funções, os sexos!

 

            A Revelação cristã é de alcance universal, ela é radicalmente outra: com Jesus, a vítima cessa de ser culpada, o rito do sacrifício já não tem sentido, a lógica do bode expiatório se desmorona, as próprias bases da civilização antiga desmoronam.

 

            Os homens, com a ajuda de Satã, resistem com todas as forças à Revelação. O Holocausto é bem testemunha disso, mas também a perversão do discurso: todos os culpados pretendem ser, na época atual, vítimas inocentes!

 

CLAUDE TRESMONTANT

            Os biólogos nos ensinam que todos os sistemas vivos são constituídos por mensagens transmitidas por ácidos nucléicos. A evolução, há quatro bilhões de anos, é a história de uma complexidade crescente do número dessas mensagens genéticas. Como entender a origem dessas mensagens e a sua crescente complexidade? Como entender a evolução a partir da célula única até o cérebro constituído de milhares de neurônios? Os biólogos não têm resposta, os monoteístas sim.

 

XI - DAS VERDADES ETERNAS

 

KARL POPPER

            O progresso não tem nenhum caráter de invencibilidade, nada garante dias futuros melhores.

 

            Nada, no presente, permite prever o futuro. Por quê? Porque é, na realidadde, o contrário: vivemos aspirados pelo futuro, todos os nossos comportamentos de hoje são ditados pela idéiia que temos do amanhã. Se acontece de o futuro parecer com o que se anuncia dele, é geralmente porque quem prevê influi também no curso dos acontecimentos.

 

            O filósofo, o intelectual, não deve ser aquele que busca a verdade, mas aquele que suplanta o erro. Ele não diz: "aí está a verdade", mas: "aí, está o erro" - para melhor nos preservar deste erro!

 

            Não se trata de provar o quanto uma teoria está bem fundamentada, mas de tentar derrubar, multiplicar as experiências suscetíveis de demostrar que essa tal teoria é falsa. Só se a teoria resistir a esses testes é que ela pode ser considerada como cientificamente verdadeira. (. . .) Só tem caráter científico o que pode ser refutado; o que não é refutável é da alçada da magia ou da mística.

 

            A crítica é o único istrumento de verificação de uma teoria econômica.

 

            Devemos nos esforçar para reduzir os conflitos, mas não para suprimi-los. A existência deles é essencial para a "sociedade aberta".

 

            A religião do Estado, da Nação, do Proletariado levaram os espíritos simples a acreditar que se pode compreender o mundo repetindo-se fórmulas rituais que parecem vagamente científicas. O ponto comum a todas essas ideologias é o de nos persuadir de que a História obedece a uma necessidade, a leis que nos escapam. Nada mais confortável: basta saber que se está na "direção da História" e que seus adversários não estão.

 

            Recuse a fragmentação dos conhecimentos, pense em tudo, não se deixe afogar pelo aumento das informações, recuse o desencanto do Ocidente e o pessimismo histórico, pois você tem a sorte de viver neste final de século XX! Não seja crédulo com nada, nem com as modas, nem com o terrorismo intelectual, nem com o dinheiro, nem com o poder. Aprenda a distinguir sempre e em qualquer lugar o Verdadeiro do Falso!        

 

 

ERNST GOMBRICH

            Um pintor egípcio não fixa nas paredes de um túmulo o que ele vê, mas o que ele sabe de uma realidade e de personagens determinados. Tal é a razão pela qual um senhor é representado maior que seus servidores ou que sua mulher. E é por isso que a pintura egípcia representa sempre um rosto de perfil: a cabeça é vista melhor de perfil. Mas se pensamops no olho, nós o imaginamos sempre de frente: então o olho de frente está inserido na representação lateral do rosto. Do mesmo modo, um pé é visto melhor de perfil e do lado de dentro: por isso os dois pés são representados assim, com o risco de dar aos personagens dois pés esquerdos. . . Esses baixos-relevos nos parecem que os artistas egípcios fossem  inábeis: evidentemente a lógica deles não era a da simples representação.

 

            Milhões de visitantes se precipitam até os museus, levados por um "esnobismo de massa", mas não vêem nada, porque é impossível olhar um quadro em trinta segundos; impossível se ver cem deles em uma hora.

 

            É demagógico fazer crer que todo espectador, sem qualquer preparação, possa experimentar o choque de sua vida só porque se vê, de repente, diante de uma obra-prima.

 

            Não são somente as condições materiais que impedem de se verem as obras; é também a ausência de cultura artística do espectador.

 

ISAIAH BERLIN

            A convicção de que a humanidade está fadada ao progresso, e de que esse progresso deve ser organizado nos leva a acreditar que é preciso sacrificar a geração presente para fazer a felicidade das gerações futuras - ou, em termos mais triviais, "não se fazem omeletes sem quebrar os ovos". Infelizmente, quebram-se muitos ovos há um século, e nós não temos ainda o omelete. . .

 

            Só o sacrifício é certo; a felicidade futura não o é.