EXTRATO
DE:
O MÍNIMO QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA NÃO SER UM IDIOTA
Coletânea de artigos escritos pelo jornalista Olavo de Carvalho (publicados entre 1997 e 2013), compilada pelo jornalista Felipe Moura Brasil
Se você não é capaz de tirar de um livro consequências válidas para sua orientação moral no mundo, você não está pronto para ler este livro.
[Esta declaração antes mesmo do sumário, já dá uma idéia da arrogância do autor. Ela permeia todos os seus escritos. E o interessante é que em todo o seu discurso, é este aspecto que ele mais critica nos seus pretensos adversários.]
17 – A idiotice, o Autor, o Livro – por Felipe Moura Brasil
Os pequenos canalhas se aproveitam da idiotice pronta. Os grandes a fabricam.
É melhor ser persuadido do que ser manipulado.
29 – O imbecil juvenil – 1998
(...) o jovem, em trânsito entre o que já não é e o que não é ainda, é, por fatalidade, inconsciente de si, de sua situação, das autorias e das culpas de quanto se passa dentro e em torno dele. (...) São sempre os jovens que estão um passo à frente na direção do pior.
31 – Geração perdida – 2000
Saber primeiro para julgar depois é o dever número um do homem responsável.
[Eis a arrogância começando a se manifestar. Vamos concluir: o homem que não julga não é responsável! Ou eu fui longe demais? É obvio que se alguém se coloca na condição de julgar, é preciso que procure conhecer, e não necessariamente conhecerá todos os aspectos do que julga, apenas, antes, julgará que sabe o suficiente.]
33 – Jovens paranaenses - 2003
O culto da juventude traz, como um de seus componentes essenciais, o desprezo pelo conhecimento: se ao sair da adolescência o sujeito já traz na cabeça todas as idéias certas, para que continuar estudando?
41 – Sem testemunhas - 2000
Somente aquele que é senhor de si é livre – e ninguém é senhor de si se não agüenta nem olhar, sozinho, para dentro de seu próprio coração.
[Aqui ele começa a construção de uma casta. Ao longo das crônicas vai ficar claro que para ele só existe um tipo de ser humano que vale a pena: aquele que pensa exatamente como ele.]
47 – Vocações e equívocos - 2000
(...) nesse meio [pretensos revolucionários de esquerda] não se compreende outra lealdade senão o companheirismo dos fracassados, em torno de uma mesa de bar, despejando cerveja na goela e maledicência no mundo.
[Sim, e... Se isto não for humano é o que?]
Universal no seu valor, individual nos eu conteúdo, o sentido da vida é encontrado mediante uma tenaz investigação na qual o paciente, com a ajuda do terapeuta, busca uma resposta à seguinte pergunta: que é que devo fazer e que não pode ser feito por ninguém, absolutamente ninguém exceto eu mesmo?
[Vamos ver se entendo: só os homens que, com a ajuda de terapeutas para empreender uma investigação tenaz, é que poderão encontrar o sentido da vida? Não fode!]
[Mas ele complementa] Nenhum homem inventa o sentido da sua vida: cada um é, por assim dizer, cercado e encurralado pelo sentido da própria vida. [Bobagem pura. Para uns o sentido da vida se lhes apresenta de maneira clara, inequívoca; para outros ele é dado por uma escolha absolutamente racional; para outros é um drama insolúvel; para outros, dá um pouco de trabalho, mas acaba surgindo; etc.]
Doenças noogênicas: noogênico quer dizer “proveniente do espírito”.
65 – O orgulho do fracasso - 2003
As escolhas, dizia L. Szondi, fazem o destino. [Perfeito!!!] Escolhendo o imediato e o material acima de tudo, o povo brasileiro embotou sua inteligência, estreitou seu horizonte de consciência e condenou-se à ruína perpétua. [!!!! O “povo brasileiro” fez isso? Ou simplesmente os indivíduos fizeram suas escolhas alicerçados nas suas características que passam pelo nível de educação e pelo lixo cultural deixado pelos que nos colonizaram?]
Não podendo conquistar o sucesso, instituímos o ufanismo do fracasso. [Não discordo, mas graças à baixíssima qualidade dos que nos têm governado. O “povo”, aqui, é materialização disso.]
67 – A origem da burrice nacional – 2000
A cultura, impregnada na sociedade em torno e resultado de sucessivas filtragens da experiência acumulada, dá pronto a cada ser humano um quadro dos ângulos de interesse essencial, de modo que não resta ao indivíduo senão operar nesse mostruário um segundo recorte, em conformidade com os seus interesses pessoais. [Opa, algum reconhecimento aqui de que precisamos de facilitadores para gerir a vida. Se tivéssemos que refletir a cada vez que chegássemos em casa para descobrir como abrir a porta, enlouqueceríamos na terceira tentativa.]
No Brasil (...) o ambiente visual urbano é caótico e disforme, a divulgação cultural parece calculada para tornar o essencial indiscernível do irrelevante, o que surgiu ontem para desaparecer amanha assume o peso das realidades milenares (..) [O erro aqui é atribuir ao Brasil quando este é um fenômeno mundial que veio a reboque do desenvolvimento da tecnologia.]
[O arrogante juvenil] não vai deixar você educá-lo, porque a ideologia de rebelde posudo que lhe incutiram desde pequeno o faz pensar que é mais bonito humilhar um professor do que aprender com ele. (...) Enfim, cansado e amedrontado de um mergulho solitário que não arrisca levá-lo senão ao hospício, aderirá, por mero instinto terapêutico [ou seria de sobrevivência?], ao discurso padronizado mais à Mao. Uma carteirinha do PC do B lhe dará um sentimento de retorno à condição humana. E não há nada mais perigoso no mundo do que um idiota persuadido da sua própria normalidade.
Quem, antes de fortalecer a inteligência juvenil (...) a perturba e debilita com novidades indigeríveis, é nada menos que um molestador de menores, um estuprador espiritual. E, se o faz com intuito político ou comercial, o crime tem ainda o agravante do motivo torpe.
79 – Pobreza e grossura - 2000
(...) Não conheço um só militante comunista do meu tempo e do meu meio que não esteja com a vida ganha, que não ostente como um sinal de maturidade triunfante a segurança financeira adquirida graças ao apadrinhamento da máfia política que, até hoje, domina o mercado de empregos na imprensa, na publicidade, no ensino superior e no mundo editorial.
Há quem neste país tenha nojo da corrupção oficial. Pois eu tenho é da caridade oficial.
Ainda há que diga:”Mas se você dá dinheiro o sujeito vai beber na primeira esquia!” Pois que beba! Tão logo o embolsou, o dinheiro é dele. Vocês querem educar o pobre “para a cidadania” e começam por lhe negar o direito de gastar o próprio dinheiro como bem entenda?
Só acredito é em gente ajudar gente, uma por uma, não na mágica platônica das “mudanças estruturais”, pretexto de revoluções e matanças que resultam sempre em mais pobreza ainda.
82 – Aprendendo com o dr. Johnson – 2007
Na verdade, o cidadão moderno desejaria chutar todas as responsabilidades para o Estado: não quer proteger sua casa, mas ser protegido pela policia; não quer educar-se para educar seus filhos, mas entregá-los a técnicos que os transformarão em robôs politicamente corretos; não quer decidir o que come, o que bebe, o que fuma ou deixa de fumar; quer que a burocracia médica lhe imponha a receita pronta; não quer crescer, ter consciência, ser livre e responsável: quer um pai estatal que o carregue no colo e contra o qual ainda possa fazer birra, batendo o pezinho na defesa dos seus “direitos”. O Estado sorri, porque sabe que, quantos mais direitos concede a esse cretino, mais leis são promulgadas, mais funcionários são contratados para aplicá-las, mais repartições burocráticas são criadas, mais impostos são cobrados para alimentá-las e, enfim, menor é a margem de liberdade de milhões de idiotas carregadinhos de direitos.
94 – Cavalos Mortos - 2001
No Brasil (...) o fingimento é geral, a fuga da realidade tornou-se instrumento de adaptação social.
O sujeito não sabe, por exemplo, o que são transgênicos. Mas viu de relance, num jornal, que é coisa ruim. Melhor que coisa ruim: é coisa de má reputação. Falando contra ela o cidadão sente-se igual a todo mundo, e rompe por instantes o isolamento que o humilha.
96 – Os histéricos no poder - 2012
O estereótipo é adotado como um revestimento, um sinal de identidade, uma senha que facilita a integração do sujeito num grupo social e, libertando-o do seu isolamento, faz com que se sinta até mais humano. Depois a progressiva identificação com os valores e objetivos do grupo vai substituindo as percepções diretas e os sentimentos originários por uma imitação esquemática das condutas e trejeitos mentais do grupo, até que a individualidade concreta, com todo o seu mistério irredutível, desapareça sob a máscara da identidade coletiva. [Coréia do Norte, Nazismo]
(...) são justamente os mais lesados na sua inteligência intuitiva que acabam se destacando aos olhos de seus pares e se tornando os lideres do grupo.
A presença de um grande número de histéricos nos altos postos de uma sociedade é garantia de deterioração de todas as relações humanas, de proliferação incontrolável da mentira, da desonestidade e do crime.
103 – De Bobbio a Bernanos - 1999
“A única solução para os males da democracia é mais democracia.” – Norberto Bobbio
[mas] o que é mais democracia? Um liberal acha que é menos intervenção do Estado na economia; um social-democrata acha que é m,ais proteção do Estado aos pobres e desamparados.
Em segundo lugar, há boas razoes para duvidar que “mais democracia” seja ainda democracia. (...) Num primeiro momento, democratizar a cultura é distribuir generosamente às massas os chamados “bens culturais”, antes reservados, segundo se diz, a uma elite. Num segundo momento, exige-se que as massas tenham também o direito de decidir o que é e o que não é um bem cultura. Aí a situação se inverte: oferecer às massas os bens da elite já não é praticar a democracia; é lançar à cara do povo um insulto paternalista.
[E a prova de que tudo é cíclico]
Democracia não é concórdia: é uma maneira inteligente de administrar a discórdia. E o clamor universal por “mais democracia”, na medida mesma em que se afirma como um consenso, há dá sinais de não poder suportar nenhuma voz discordante.
Afinal, dizia
Bernanos, a democracia não é oposto da ditadura: é a causa dela.
[Palmas, e palmas]
105 – A metonímia democrática – 1999
Só o Estado pratica – ou viola – a democracia. A sociedade civil vive nela e se beneficia de seus direitos, mas nada pode fazer a favor ou contra, exceto através do Estado.
O remédio para os males da democracia não está em mais democracia: está em reconhecer que a democracia não é o remédio de todos os males.
109 – Democracia normal e patológica – II – 2011
Desde o início (...), a democracia tem encontrado no equilíbrio instável a regra máxima do seu bom funcionamento.
[Me surpreende que o Olavo até então não se tenha dado conta de que TODO EQUILÍBRIO é instável. Se alguma coisa pudesse atingir o equilíbrio absoluto, então tal equilíbrio se tornaria eterno.]
[Para ele] A facção que domina o governo controla também o sistema de ensino, as universidades e instituições de cultura, o meio editorial e artístico e a quase totalidade dos órgãos de mídia.
A “ameaça direitista” é construída, então, mediante os seguintes expedientes:
1) Explorar, com renitência obsessiva, a recordação dos feitos malignos do regime militar, ampliados até à demência, de tal modo que trezentos terroristas mortos assumam as proporções de um genocídio mais vasto que a matança de 100 mil cubanos, 2 milhões de cambojanos, 40 milhões de cidadãos soviéticos e 70 milhões de chineses.
A coexistência pacifica das instituições democráticas formais com a total supressão da concorrência ideológica que define as democracias saudáveis, eis precisamente o que caracteriza a situação brasileira atual.
119 – Que é ser socialista - 1999
(...) o que determina as nossas crenças não são os fatos e sim as interpretações (...)
O ideal socialista é, em essência, a atenuação ou eliminação das diferenças de poder econômico por meio do poder político. Mas ninguém pode arbitrar eficazmente diferenças entre o mais poderoso e o menos poderoso sem ser mais poderoso que ambos: o socialismo tem de concentrar um poder capaz não apenas de se impor aos pobres, mas de enfrentar vitoriosamente o conjunto dos ricos.
É humanamente burro insistir em aprender com a experiência própria, quando fomos dotados de raciocínio lógico justamente para poder reduzir a quantidade de experiência necessária ao aprendizado.
“No meu estudo das sociedades comunistas, cheguei à conclusão de que o propósito da propaganda comunista não era persuadir, nem convencer, nem informar, mas humilhar e, para isso, quanto menos ela correspondesse à realidade, melhor. Quando as pessoas são forcadas a ficar em silencio enquanto ouvem as mais obvias mentiras, ou, pior ainda, quando elas próprias são forcadas a repetir as mentiras, perdem de uma vez para sempre todo o seu sendo de probidade... Uma sociedade de mentirosos castrados é fácil de controlar.” Theodore Dalrynplke
126 – Ainda a canalhice – 2001
Admito que a fraqueza humana, para se defender instintivamente da atração hipnótica do mal, prefira negá-lo. Mas ignorância voluntária é, já, a vitória do mal.
128 – Confronto de ideologias? – 2001
O capitalismo não é uma ideologia – é uma realidade continuamente aperfeiçoada pela ciência. Ideologia é o socialismo – o vestido de idéias que encobre as ambições sociopáticas de semi-intelectuais ávidos de poder.
130 – A vitória do fascismo – 2003
De um lado, burgueses cada vez mais ricos, mas – como dizia Hitler – “de joelhos ante o Estado”. De outro, um povo cada vez mais garantido em matéria de alimentação, saúde, habitação etc., mas rigidamente escravizado ao controle estatal da vida privada.
Como a economia socialista em sentido integral é inviável, como nunca se chega lá, e como por outro lado os burgueses raramente têm fibra para resistir à investida socialista contra o liberal-capitalismo, o resultado é sempre o mesmo: a vitória do fascismo.
135 – A escolha fundamental – 2000
Na perspectiva espiritual, a meta da existência é cada um buscar sua perfeição na vida de agora, fazendo o bem a pessoas de carne e osso que podem lhe responder e julgá-lo, dizendo se foi um bem de verdade ou um falso bem que só lhes trouxe o mal.
Já a sociedade perfeita nunca existiu e o único modelo à nossa disposição é uma hipótese futura, cuja descrição idealizada é em geral muito vaga e alegórica, quando não completamente evasiva.
[Parece, mas ele não está falando de religião.]
139 – Ainda o fanatismo – 2002
O que o fanatismo nega aos demais seres humanos é o direito de definir-se nos seus próprios termos, de explicar-se segundo suas próprias categorias. Só valem os termos dele, as categorias do pensamento partidário.
143 – O paradoxo esquerdista – 2006
Os terroristas sabem que as nações ditas infiéis, pecadoras, têm sentimentos morais, enquanto eles próprios, os santos, os eleitos, não têm nenhum e não precisam ter nenhum. Sua moral consiste apenas na glorificação descarada dos próprios crimes – e é ela que lhes dá a vitória na “guerra assimétrica”.
149 – A autoridade religiosa do mal – 2007
O paralelo entre a matança de animais e a de seres humanos (...) O fundo ideológico nas duas ocasiões, é o mesmo: a inversão revolucionária dos sentimentos morais, a imposição do mal em nome do bem.
A Cidade de Deus ainda é o melhor livro de filosofia da história.
O culto invisível do instante perpétuo não apenas absolver por decreto tácito as matanças, os genocídios, o horror e a desumanidade dos regimes revolucionários, mas dá a todos os ativistas do mundo a licença para continuar oprimindo e matando indefinidamente, sempre em nome das lindezas hipotéticas de um futuro impossível.
Só se pode falar legitimamente de “revolução” quando uma proposta de mutação integral da sociedade vem acompanhada da exigência da contração do poder nas mãos de um grupo dirigente como meio de realizar essa mutação.
(..) algo há de comum entre todas as revoluções, é que enfraquecem e destroem as nações onde ocorrem, deixando atrás de si nada mais quem um rastro de sangue e a nostalgia psicótica das ambições impossíveis.
A experiência de certas cidades americanas, que praticamente eliminaram a criminalidade de seus territórios usando apenas seus recursos locais, é a melhor prova de que, em vez de ampliar, é preciso diminuir a escala, subdividir o poder, e enfrentar os males na dimensão do contato direto e local em vez de deixar-se embriagar pela grandeza das ambições globais.
Que o globalismo é um processo revolucionário, não há como negar. E é o processo mas vasto e ambicioso de todos. Abrange a mutação radical não só das estruturas de poder, mas da sociedade, da educação, da moral, e até das razões mais intimas da alma humana. (...) Um princípio certo sempre pode ser usado da maneira errada. Se nos apegamos à letra do princípio, sem reparar nas ambigüidades estratégicas e geopolíticas envolvidas na sua aplicação, contribuímos para que a idéia criada para ser instrumento da liberdade se torne uma ferramenta para a construção da tirania.
162 – Onipresente e invisível – 2012
Lamento informar (...) o poder dos governos sobre as populações civis já é praticamente incontrolável, reduzindo cada vez mais a um mero formalismo jurídico a diferença entre democracia e ditadura. Não, não se trata de nenhuma “teoria da conspiração”. Conspirações existem, mas não são elas que produzem esse estado de coisas. Ao contrário, é ele que torna viável, hoje em dia, a criação de um governo global onipotente, imunizado contra qualquer tentativa de controle popular.
(...) a velha democracia representativa tornou-se apenas a camuflagem jurídica e publicitária de novos esquemas de poder que a maioria dos cidadãos não compreende e em geral não conhece.
164 – Lula planetário – 2004
(...) a ONU já declarou oficialmente (...):“Os problemas da humanidade já não podem ser resolvidos pelos governos nacionais. O que é preciso é um governo mundial. A melhor maneira de realizá-lo é fortalecendo as Nações Unidas.”
170 - Guerras culturais - 2006
“O segredo é da natureza mesma do poder”, dizia René Guénon. Quem ignore essa regra hoje em dia está condenado a servir de instrumento cego e dócil para a realização de planos políticos de enorme envergadura que lhe permanecem totalmente invisíveis e inacessíveis.
172 – A elite que virou massa – 2008
Em 1939, Eric Vogelin observava que as condições essenciais para a democracia, tal como haviam sido concebidas no século XVIII, já não existiam mais.
Passados 70 anos, a composição da sociedade tornou-se ainda mais vulnerável à manipulação totalitária. (...) As conseqüências disso para a democracia foram devastadoras:
1) A quase totalidade dos eleitores já nem tem idéia do que possa ter sido a independência pessoal, e aquele que ainda sabem algo a respeito estão cada vez mais dispostos a abdicar dela em troca da proteção governamental, de benefícios previdenciários etc.
2) A defesa das liberdades públicas e privadas tornou-se irrelevante.
3) A possibilidade mesma de iniciativas sociais independentes foi praticamente eliminada, na medida em que a regulamentação das ONGs as transformou em extensões da administração estatal e em instrumentos de manipulação das massas pela elite iluminada e bilionária.
4) A “liberdade de opinião” tornou-se apenas a liberdade de aderir a distintos ou indistintos discursos de propaganda pré-moldados.
174 – Armas da liberdade – 2009
“Os métodos de sugestionamento em massa, de liberação dos instintos da besta humana, de condicionamento ou controle do pensamento desenvolveram-se até alcançar uma eficácia formidável: o totalitarismo moderno é tão terrivelmente cientifico que, perto dele, o absolutismo dos períodos anteriores aparece como um mal menor, diletante e comparativamente inofensivo.” Ludwig Von Bertalanffy (1901-1972)
Só para vocês fazerem uma idéia de até onde a coisa chega, os programas educacionais de quase todas as nações do mundo, em vigor desde há pelo menos vinte anos, são determinados por normas homogêneas diretamente impostas pela ONU e calculadas não para desenvolver a inteligência ou a consciência moral das crianças, mas para fazer delas criaturas dóceis, facilmente amoldáveis, sem caráter, pronta a aderir entusiasticamente, sem discussão, a qualquer nova palavra de ordem que a elite global julgue útil aos seus objetivos.
Leia (Machiavel Pédagogue, de Pascal Bernardin) e descobrirá por que seu filho não consegue resolver uma equação de segundo grau ou completar uma frase sem três solecismos, mas volta da escola falando grosso como um comissário do povo, cobrando dos pais uma conduta “politicamente correta”.
Excitado e impelido a todos os desmando sexuais, mas ao mesmo tempo ameaçado de character assassination caso venha a praticá-los mesmo em dose modesta, o cidadão angustiado reage por uma espécie de colapso intelectual, tornando-se um boboca servil que já não sabe orientar-se a si mesmo e implora por uma voz de comando.
177 – A demolição das consciências – 2009
Moralidade não é uma lista de condutas louváveis e condenáveis, pronta para que o cidadão a obedeça com o automatismo de um rato de Pavlov.
Moralidade é consciência, é discernimento pessoal, é busca de uma meta de perfeição que só aos poucos vai se esclarecendo e encontrando seus meios de realização entre as contradições e ambigüidades da vida.
Ou a luta contra o mal começa pela luta contra a confusão, ou só acaba contribuindo para a confusão entre o bem e o mal.
179 – Engenharia da complacência – 2012
“Se tivessem apresentado a lista de suas exigências logo no começo, não teriam conseguido nada. Usando a cruzada antifumo como modelo e vendo os americanos tão complacentes, os zelotes e candidatos a tiranos estão ampliando mais e mais a sua agenda.” Walter Williams, economista.
(...) até hoje não se verificou em parte alguma, com a patente diminuição do numero de fumantes, nenhuma, rigorosamente nenhuma reducao proporcional da incidência das doenças alegadamente “causada pelo fumo”. [!!!! Explico: ele é um fumante de 3 maços por dia. Assista a um vídeo dele no youtube e comprove. É um exemplo de ajustar a retórica ao seu interesse particular.]
(...) o uso do tabaco é rigorosamente proibido nas sedes das organizações libertarians que defendem a liberação da maconha. [!!!hehehehe, hipocrisia no mais alto grau.]
181 – Conduzidos à força - 2012
(...) boicote e repressão explicita de opiniões adversas e, last no least, farta distribuição de propinas, muitas delas sob a forma de “verbas de pesquisa” oferecidas a professores e estudantes sob a condição de que cheguem às conclusões politicamente desejadas.
183- Da servidão hipnótica – 2000
(...) o hábito introjetado bloqueia as objeções conscientes.
É verdade que cada concessão isolada, significa pouco. Mas o efeito acumulado de pequenas concessões é o comprometimento integral da alma, a completa abdicação do juízo crítico. Não se pode nem chamar isso de servidão voluntaria é a servidão hipnótica.
Hoje praticamente não há mais intelectuais independentes. Todos se cansaram de “interpretar o mundo” e aceitaram ser bem pagos para “transformá-lo”.
186 – A mentalidade revolucionária – 2007
“Mentalidade revolucionária” é o estado de espírito, permanente ou transitório, no qual um indivíduo ou grupo se crê habilitado a remoldar o conjunto da sociedade – senão a natureza humana em geral – por meio da ação política; e acredita que, como agente ou portador de um futuro melhor, está acima de todo julgamento pela humanidade presente ou passada, só tendo satisfações a prestar ao “tribunal da história”.
Qualquer que venha a ser o futuro da espécie humana e quaisquer que sejam as nossas concepções pessoais a respeito, a “mentalidade revolucionária” tem de ser extirpada radicalmente do repertório das possibilidades sociais e culturais admissíveis antes que, de tanto forçar o nascimento de um mundo supostamente melhor, venha a fazer dele um gigantesco aborto e do trajeto milenar da espécie humana sobre a Terra uma história sem sentido coroada pro um final sangrento.
Ser reacionário é reagir da maneira mais intransigente e hostil a qualquer ambição diabólica de mandar no mundo.
191 – Ainda a mentalidade revolucionária – 2007
(...) o revolucionário, por definição só peca por não ser revolucionário o bastante.
195 – Ascetas do mal – 2001
(...) acreditam-se tão profundamente, tão essencialmente identificados a uma causa superiormente justa e nobre, que mesmo seus pecados mais flagrantes e seus crimes mais hediondos lhes parecem regatados, de antemão, pela unção incondicional de uma divindade legitimadora.
(...) identificaram-se de tal modo com o que lhes parece o bem, que mesmo o mal que praticam se transfigura, a seus olhos, automaticamente em bem. Atingiram, enfim, a seus próprios olhos, o estágio divino da impecância essencial.
196 – A mentira estrutural – 2007
(...) o sujeito se imagina o portador de um novo mundo – que pode ser um novo mundo cientifico, artístico, moral, religioso, político ou tudo isso ao mesmo tempo – e tão inebriado fica ante a visão desse futuro brilhante que sua percepção da vida atual se torna deformada, grotesca e, no sentido mais radical e absoluto, falsa.
A mentira (...) do revolucionário é estrutural, permanente e expansiva: não podendo dosar conscientemente mentira e a verdade, ele tem de destruir no público mesmo a capacidade de fazer essa distinção. Daí a “revolução cultural”, o desmantelamento sistemático da inteligência popular.
200 – A fórmula para enlouquecer o mundo – 2007
A tentação socialista aparece aí como o canal mais fácil por onde as culpas do filhinho de papai são jogadas precisamente sobre as fontes do seu bem-estar e da sua liberdade. Vejam essa meninada da USP, gente de classe média e alta, depredando uma universidade gratuita, e compreenderão do que estou falando: o que esses garotos precisam não é de mais benefícios é de uma cobrança moral que restaure a sua sanidade.
204 – Sociedade justa – 2011
Desde logo, os atributos de justiça e injustiça só se aplicam aos entes reais cpapazes de agir. Um ser humano pode agir, uma empresa pode agir, um grupo político pode agir, mas “a sociedade”, como um todo não pode.
(...) os maiores crimes e injustiças do mundo foram praticados, precisamente, em nome da “sociedade justa”.
Na medida em que a expressão “sociedade justa” pode se transmutar de figura de linguagem em conceito descritivo viável, torna-se claro que uma realidade correspondente a esse conceito só pode existir como obra de um povo dotado de iniciativa e criatividade – um povo cujos atos e empreendimentos sejam variados, inéditos e criativos o bastante para que não possam ser controlados por nenhuma elite, seja de oligarcas acomodados, seja de revolucionários ávidos de poder.
213 – O bem e o mal segundo Olívio Dutra – 2000
Um empresário é um sujeito que ganha a vida organizando a atividade econômica. Ele acumula um capital, investe, ganha, paga suas dividas para com os fornecedores, os empregados e o Estado, e no fim, se tudo dá certo, tem um lucro.
Um político de esquerda é um sujeito que ganha a vida tentando jogar os empregados contra os empregadores. Ele mostra aos operários os aviões, os cavalos de raça e os carros de luxo do patrão e grita: “É roubo!” No começo faz isso de graça. É um investimento. Assim como o empresário investe dinheiro, ele investe insultos, gestos, caretas de indignação, apelos à guilhotina. Em troca, dão-lhe dinheiro. Vive disso. Quando alcança o sucesso pode dispor de mansões, iates jatinhos e jatões, carros de luxo, etc não inferior às do mais prospero capitalista.
216 – Dinheiro e poder – 1999
Nenhum militante esquerdista quer fazer uma revolução só para depois ir para casa viver como obscuro cidadão comum da republica socialista: cada um deles é, por definição, o virtual detentor de uma fatia de poder no Estado Futuro. Essa é, entre os adeptos de um partido, a única diferença entre o militante e o simples eleitor.
A riqueza desenvolve-se por acréscimo de bens, ao passo que o poder, em essência, não aumenta pela ampliação de seus meios, e sim pela supressão dos meios de ação dos outros homens. Para instaurar um Estado policial não é preciso dar mais armas à policia; basta tirá-las dos cidadãos. O ditador não se torna ditador por se arrogar novos direitos, mas por suprimir os velhos direitos do povo.
É uma das mais atrozes perversidades da nossa época que o homem imbuído do simples desejo de enriquecer seja considerado um tipo moralmente lesivo e quase um criminoso, enquanto o aspirante ao poder político é viso como um belo exemplo de idealismo, bondade e amor ao próximo. Um século que pensa assim clama aos céus para que lhe enviem um Stalin ou um Hitler.
220 – A contracultura no poder – 2010
(...) os ricos começam a tomar ciência de que o dinheiro não é um poder em si; é apenas um símbolo provisório garantido pelo poder efetivo, o poder político, agora em mãos de pessoas que já não querem garanti-lo mais.
224 – Lembrem-se de Karl Radek – 2007
Pois bem, senhores, esses mesmos que os induziram a envergonhar-se da sua velha “moral burguesa” e os aconselharam a transformar seus órgãos de mídia em megafones da revolução pornocultural sabem que os senhores só lhes são úteis numa parte do trajeto. Quando estiverem seguro de controlar o pode de polícia, fecharão os canais de TV e os jornais dos quais se serviram, e os acusarão de corromper a moral e de fomentar os maus costumes. Estão será tarde para aprender com o exemplo de Karl Radek.
230 – Até que enfim – 2011
O velho preceito leninista: “Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é.”
236 – Língua dupla e estratégia – 2002
Che Guevara aconselhava “o ódio intransigente ao inimigo, ódio que impulsiona além das limitações naturais do ser humano e converte o guerrilheiro numa eficiente e fria maquina de matar”.
(...) a parcela ideologicamente intoxicada do eleitorado, que constitui o contingente dos seus votantes fixos, não se escandaliza com atos desonestos cometidos por seus lideres que lhe parecem vir em proveito da revolução.
239 – Como debater com esquerdistas – 2007
Todo revolucionário está disposto a defender “x” ou o contrario de “x” conforme as conveniências táticas do momento. Se você o vence na disputa de “idéias”, ele tratará de integrar a idéia vencedora num jogo estratégico que a faça funcionar, na pratica, em sentido contrario ao do seu enunciado verbal. Você ganha, mas não leva.
(...) ele sabe que a contradição quanto menos explicada e mais escandalosa, mais serve para habituar o publico à crença implícita de que os revolucionários não podem ser julgados pela moram comum.
Você não pode derrotar o revolucionário mediante simples “argumentos”. [Nem os crentes de qualquer religião, seu Olavo.]
Provar que um esquerdista está errado [ou um crente] nada significa. Você tem é de mostrar como ele é mau, perverso, falso, deliberado e maquiavélico por trás de suas aparências de debatedor sincero, polido e civilizado. Faça isso e você fará essa gente chorar de desespero, porque, no fundo, ela se conhece sabe que não presta. Não lhe dê o consolo de uma camuflagem civilizada tecida com a pele do adversário ingênuo.
256 – Abaixo o povo brasileiro – 2009
Quando uma vanguarda revolucionária professa defender os interesses econômicos do povo mas, ao mesmo tempo, despreza a sua religião, a sua moral e as suas tradições familiares, e claro que não quer fazer o bem a esse povo, mas apenas usar aqueles interesses como chamariz para lhe impor valores que não são os dele, firmemente decidida a atirá-lo à lata de lixos se ele não concordar em remoldar-se à imagem e semelhança de seus novos mentores e patrões.
259 – Império do fingimento – 2002
A visão que o publico tem da realidade do mundo depende do que lhe chega pela mídia. Conforme a seleção das notícias, tal será o critério popular para distinguir o real do ilusório, o provável do improvável, o verossímil do inverossímil.
261- Quem eram os ratos? – 2012
O livro chinês Os 36 estratagemas (autor desconhecido) ensina: “Todo fenômeno é no começo um germe, depois termina por se tornar uma realidade que todo mundo pode constatar. O sábio pensa no longo prazo. Eis por que ele presta muita atenção aos germes. A maioria dos homens tem a visão curta. Espera que o problema se torne evidente, para só então atacá-lo.”
A política tornou-se um assunto exotérico, onde somente um reduzido círculo de estudiosos pode atinar com o que está acontecendo.
264 – O preço do colaboracionismo – 2012
Para um comunista, a amizade que não consente em transforma-se em
escravidão não é amizade, é traição.
266 – O maior dos perigos 0 2012
Poucos fatos na história foram jamais tão bem averiguados, testados e provados quanto a falsidade documental do presidente americano e o esquema de dominação continental do Foro de São Paulo, no qual se irmanam, como sempre na estratégia comunista, organizações criminosos e partidos nominalmente legais, tornados assim eles próprios criminosos.
[Os dois temas citados permeiam seus escritos. Enquanto para ele tais fatos “jamais foram tão bem averiguados”, ambos, para nós mortais, jamais existiram. Mas é exatamente a isto que ele chama atenção.]
268 – Saudades da idiotice – 2011
Bem dizia Eric Von Kunhelt-Leddin que a histeria é a base da personalidade esquerdista.
O jornalismo, dizia Joseph Conrad no início do século XX, é uma coisa escrita por idiotas para ser lida por imbecis. Bons tempos, aqueles. Hoje é uma coisa escrita por fingidores compulsivos para ser lida por masoquistas que só respeitam quem lhes mente na cara. A opinião pública mundial evoluiu da idiotice à psicose.
270- É proibido parar de mentir – 2008
Nenhum jornal ou canal de TV brasileiro jamais informou que Obana é um apostolo da Media Reform, calculada para eliminar a liberdade de opinião no rádio, um defensor ardente da proibição total de armas de fogo pela população civil (na mesma linha que Hitler adotou na Alemanha), um partidário fervoroso do imediato desmantelamento das defesas americanas antimíssil (portanto, da rendição incondicional ante qualquer poder nuclear estrangeiro). Ninguém jamais informou que ele votou contra a proibição de matar beber que sobrevivam ao aborto, e que é um discípulo da “teoria da libertação” na sua versão mais radical e extremada. Ninguém informou que os grupos que o apóiam são círculos bilionários globalistas aos quais ele serve como agente para a destruição da soberania americana e a imediata implantação de um governo mundial pelos meios mais antidemocráticos que se pode imaginar. E ninguém informou que sua maior vantagem ante o concorrente republicano reside precisamente na superioridade dos seus fundo de campanha (400 milhões de dólares contra 85), o que já basta para mostrar que Obama não é de maneira alguma o candidato dos pobre e oprimidos.
272 – A técnica da rotulagem inversa – 2011
Um desses expedientes é cobrir de invectivas odiosas os personagens que se pretende rotular de odientos. Não é preciso, para sustentar o ataque, citar um só apelo de ódio que tenha saído da boca da vitima. Não é preciso nem mesmo torcer suas palavras, dando um sentido odiento ao que não tem nenhum. Ao contrário: basta espumar de ódio contra a criatura, e fica provado – espera-se – que odienta é ela.
Como recomendava Talleyrand: “Caluniem, caluniem, alguma coisa sempre acabará pegando.”
274 – Os iluminados – 2005
O homem medíocre não acredita no que vê, mas no que aprende a dizer.
[Aqui ele manifesta cair no mesmo erro de tantos, se não todos, os filósofos, a arrogância do saber. Para ele, aquele que não sabe, não é humilde, ou inculto, ou ignorante, é “medíocre”, palavra cujo sentido carrega um juízo de valor.]
Quem só olha para onde todo mundo olha condena-se a ignorar poderosas forças históricas que estão subindo desde as profundezas neste mesmo momento e que arriscam, de uma hora para outra, irromper no palco destruindo brutalmente o sentido usual do espetáculo. [Irretocável, ressaltando, portanto, o papel dos “sábios”.]
Cuba está quietinha no seu canto, sem mexer na política de outros países? Leiam as atas do Foro de São Paulo. Cuba governa o continente.
Disponíveis em: WWW.midiasemmascara.org?arquivo?atas-do-foro-de-sao-paulo.html
Em 1957, dois anos antes de Fidel Castro chegar ao poder, Cuba já tinha duas vezes mais médicos per capita do que os EUA (e não com o atual salário de trinta dólares por mês), sua taxa de mortalidade infantil era a mais baixa da América Latina (a décima terceira no mundo, inferior à da França, da Alemanha Ocidental, da Bélgica e de Israel). Sua renda per capita era o dobro da espanhola, a participação dos trabalhadores cubanos no PNB era proporcionalmente maior que a dos suíços e a taxa nacional de alfabetização era de 80%. E Cuba era lotada de imigrantes, não de virtuais fugitivos.
Se você quer saber no que acredita o eleitorado americano, sintoniza no programa de Rush Limbaugh: 38 milhões de ouvintes diários.
280 – Professores de corrupção – 2012
Idiotes, de onde veio o nosso termo “idiota”, CE o sujeito que nada enxerga além dele mesmo, que julga tudo pela sua própria pequenez.
282 – É proibido perceber – 2011
(...) se a simples associação da cor preta com o temor da noite é alusão racista, se o simples fato de designar uma espécie animal pelo seu exemplar masculino é um ato de opressão machista, todas as demais distinções espontâneas, naturais, autoevidentes, arraigadas no fundo do subconsciente humano pela natureza das coisas e por uma experiência arquimilenar, tornam-se automaticamente suspeitas e devem ser refreadas até prova suficiente de que não infringem nenhum código, não ofendem nenhum grupo de interesses, não magoam nenhuma suscetibilidade protegida pelo estado
284 – A reciclagem da ética – 2000
A existência da vasta maquina de espionagem política que se montou desde então para pôr em movimento a fábrica de denuncias e manter a nação em sobressalto já constitui, por si, a total corrupção do sistema.
A ética não é uma ciência exata. Seu exercício depende de um esprit de finesse capaz de avaliar quantidades não mensuráveis. Existe em todo ser humano um conhecimento espontâneo dos princípios morais. Os princípios não são regras: são critérios formais que embasam as regras. As regras variam conforme os tempos e os lugares, mas subentendendo sempre os mesmos princípios. Qualquer selvagem sabe que aquilo que põe em risco a comunidade inteira é mais grave do que o que dana apenas uma parte dela. Qualquer analfabeto compreende que o que é mais básico e geral deve ser preservado com mais carinho do que aquilo que é periférico e particular.
285 – Aguardem o pior – 2006
(...) após terem proclamado a total inexistência da verdade (...)
[Olavo é partidário de que existe uma “verdade” e, como, católico, evidentemente ela terá que ser a “sua verdade”.]
287 – A fossa de Babel – 2006
A Igreja, inspirada na sabedoria eterna, instituiu a confissão antes da comunhão. [Apenas para afirmar a subordinação de seu pensamento aos formulações religiosas.]
Na ilha em que o senhor Gabeira encontrou abrigo contra uma ditadura que matara duas centenas de terroristas armados, outra ditadura já havia matado, até então, mais de 10 mil civis desarmados, mas ele a achava linda.
Não faz muito tempo, um estrategista espertalhão, o Sr. Herbert de Souza, foi tido como uma reedição melhorada de S. Francisco de Assis pelo mérito divino de haver conseguido transformar as instituições de caridade em instrumentos da propaganda esquerdista.
Agora, o próprio sentido medicinal da cultura superior está perdido. [O grifo é meu para realçar a visão de que sem a “cultura superior” a vida não vale a pena ser vivida.]
Não me sinto um gênio incompreendido, não tenho nem um pouco de dó de mim mesmo: tenho dó daqueles a quem estendi o socorro dos meus conhecimentos e que só os aproveitaram como deslumbre passageiro. Não entenderam que eu não queria os seus aplausos, mas a sua salvação. [Não é muito arrogância??? É Jesus Cristo reencarnado que vem nos salvar sem que tenhamos emitido qualquer SOS.]
299 – A vigarice acadêmica em ação – 2007
Até os negros são um pouco racistas contra si próprios. Inocentes do crime de racismo, só mesmo os distintos autores desses estudos e os militantes das organizações inspiradas neles. Ou seja: ou você é um dos acusadores, ou é um dos culpados.
301 - A verdadeira cultura negra - 1997
Os negros de gênio que se ocidentalizaram galhardamente, sem um gemido de rancor impotente, e que enriqueceram a cultura ocidental com suas criações imortais fizeram mais pelos seus irmãos – da sua e de todas as raças – do que os demagogos e palhaços que hoje querem não apenas escravizar os negros na adoração regressiva de cultos museológicos, mas africanizar todo o Brasil.
303 – A história oficial de 1964
E quando a ditadura se desfez por mero cansaço (...). [Visão que defendo há muito].
E, se os militares tudo fizeram justamente para apressar essa vitória, por que continuar a considerá-los fantasmas de um passado tenebroso, em vez de reconhecer neles os precursores de um tempo que é melhor para todos, inclusive para as esquerdas? [Porque o culto ao rancor é uma das principais armas da implantação de regimes totalitários.]
306 – Resumo do que penso sobre 1964 – 2004
Castelo demoliu o esquema político comunista sem sufocar as liberdades públicas. Muito menos houve, nessa época, qualquer violência física, exceto da parte dos comunistas, que praticaram 82 atentados antes que, no período seguinte viessem a ditadura em sentido pleno, as repressões sangrentas, o abuso generalizado da autoridade. (...) Geisel adota uma política econômica socializante da qual pagamos o prejuízo até hoje, tolera a corrupção, inscreve o Brasil no eixo terceiro-mundista antiamericano e ajuda Cuba a invadir Angola, um genocídio que não fez menos de 100 mil vitimas (...) Figueiredo prossegue na linha de Geisel e nada lhe acrescenta – mas não se pode negar-lhe o mérito de entregar a rapadura quando já não tinha dentes para roê-la.
308 – O tempo dos militares e os dias de hoje – 2005
Passamos de uma relativa igualdade capitalista à cruel e cínica desigualdade socialista. Em cima, a nomenklatura, arrogante, prepotente, onissapiente, segura de si, vivendo às custas do Estado, sob a proteção de guardas armados. Embaixo, o povo, sem meios de defesa, entregue aos caprichos de delinqüentes sanguinários.
312 – Devotos de um vigarista – 2013
(...) o que Karl Marx fez foi (...) instituir aquilo que Eric Voegelin caracterizou como “proibiço de perguntar”.~
314 – O plano e o fato – 2013
O marxismo universitário vive e prospera de ignorar a cultura universal das idéias e sonegá-la aos estudantes. Ao mesmo tempo, infunde neles a impressão sedutora e enganosa de que, por terem lido os autores aprovados pelo Partido, são muito cultos.
317 – Debilidades – 2013
Desde a queda da URSS, a maneira mais usual de aplicar esse truque [limpar-se na sua própria sujeira] consiste em jurar que tudo aquilo que, durante setenta anos, todos os comunistas do mundo chamaram de comunismo não foi comunismo de maneira alguma: foi capitalismo.
(...) o Estado é o proletariado organizado, o proletariado organizado é o Estado. E o proletariado organizado não é outra coisa senão o Partido.
324 – Da fantasia deprimente à realidade temível – 2006
(...) na União Soviética dos anos 1980 o cidadão médio consumia menos carne do que um súdito pobre do tzar um século antes e tinha menos acesso a automóveis, assistência medica e serviços públicos em geral do que os negros sul-africanos vivendo sob o regime humilhante do apartheid. Nada está na realidade política de um país que não esteja primeiro na sua literatura.
De maneira mais genérica, toda diferenciação do melhor e do pior, do mais alto e do mais baixo acabou sendo condenada como discriminatória e até racista.
A esquerda brasileira – toda ela – é um bando de patifes ambiciosos, amorais, maquiavélicos, mentirosos e absolutamente incapazes de responder por seus atos ante o tribunal de uma consciência que não têm.
331 – Gansos que falam – 2002
(...) já que o ensino é para todos, por que haveria de ser um ensino de elite? Para qualquer um, basta qualquer coisa. A massa dos neoletrados, lisonjeada até as nuvens, corre às escolas, às livrarias, à mídia, aos teatros e aos cinemas para receber sua ração diária de lixo, que ela imagina superior à educação de um nobre do Renascimento ou de um clérigo só século XIII.
333 – A revolução dos loucos – 2002
(...) Aí o crime, o pecado, a mentira já não são males: o único mal é praticá-los contra “os amigos”. No fim, os “inimigos” são suprimidos. Resta apenas a tirania dos “amigos”, numa celebração feroz do unanimismo triunfante.
(...) o advento da influencia marxista que, não querendo “compreender o mundo, mas transformá-lo”, consegue apenas transformá-lo num inferno incompreensível.
336 – Teoria da conspiração – 2003
Se você quer ser acreditado sem a mínima contestação, fale sobre coisas das quais nada sabe a alguém que delas tudo ignore. (...) Na ausência total de referencia objetiva, a unanimidade sonsa é uma tábua para os náufragos. [Este fato é o que alicerça a ação do revolucionário.]
338 – Falsos segredos – 2010
Quando entidades tão vastamente poderosas como o grupo Bilderberg (ou em escala local, o Foro de São Paulo) são tratadas como inexistente ou irrelevantes, ao mesmo tempo que os formadores de opinião tentam impingir a si próprios e ao mundo a mentira tola de que não existe poder fora das entidades oficiais e dos interesses financeiros mais patentes, está claro que o debate público se tornou apenas uma modalidade coletiva de defesa psicótica contra a realidade.
Dizemos que tal ou qual desgraça foi tramada pelo Foro de SP, mas queremos nos referir a conversações discretas entre tipos como Fidel Castro, Raúl Reyes ou Lula, travadas longe das assembléias e grupos de trabalho daquele órgão.
340 – Credibilidade zero – 2012
Praticamente tudo o que se lê na mídia brasileira sob o rótulo de “análise política” não passa da elaboração apressada de fatos que o comentarista extraiu da própria mídia.
Não é uma coisa séria. É show business, é diversão pública, é circo. Não existe para orientar o leitor, mas para mantê-lo satisfeito com um estado habitual de desorientação no qual se sente informadíssimo e repleto de certezas.
Rolf Kant, chamava de autofagia jornalística: escreve nos jornais aquilo que leu nos jornais.
(...) descontados dois ou três sobreviventes do jornalismo às antigas, há ainda um segundo grupo de exceções notáveis: são os desinformantes profissionais ou agentes de influência.
[Sobre Michael Moore, cineasta] (...) o mais notório charlatão cinematográfico de todos os tempos, que nos EUA tem fama apenas de mentiroso criativo, é citado como fonte respeitável até nas universidades. É patético.
(...) se ninguém pode ser discriminado por motivo de raça, é absurdo que, por igual motivo, desfrute de direitos especiais.
O marxismo não é uma filosofia política, não é uma economia, não é um partido político, não é nenhuma dessas coisas isoladamente, mas é uma cultura, no sentido antropológico co termo. (...) Marxismo é uma cultura e, na defesa da unidade e preservação de uma cultura, todos os meios são legítimos. É um absurdo você discutir com um marxista sobre a sua cultura quanto seria você chegar numa tribo de índios do Alto Xingu e dizer a eles que algum de seus costumes é imoral. Não entenderá o que você diz, porque a moral para ele são exatamente os costumes da tribo, não existe uma moral supracultural a que possa apelar.
355 – Jesus e a pomba de Stalin
O homem maduro – o spoudaios de que fala Aristóteles – é aquele que tornou sua alma dócil à razão, fazendo da aceitação da realidade o seu estado de animo habitual e capacitando-se, por esse meio, a orientar sua comunidade para o bem. (...) Lideres revolucionários e intelectuais ativistas são apenas homens imaturos que projetam sobre a comunidade seus desejos subjetivos, seus temores e suas ilusões pueris, produzindo o mal com o nome de bem.
358 – Educação ao contrário – 2009
Que é um direito afinal? É uma obrigação que alguém tem para com você. Amputado da obrigação que impõe a um terceiro, o direito não tem substancia nenhuma.
Ninguém pode “dar” educação a ninguém. Educação é uma conquista pessoal (...) Ninguém se educa contra a sua própria vontade (...) O máximo que um estudante pode receber de fora são os meios e a oportunidade de educar-se.
Na sociedade futura, a recompensa daqueles que consentiram em ser idiotizados para fazer numero na militância já está garantida: cafungadas e picos de graça, sob os auspícios do governo, e liberdade para transar nas vias públicas, sob a proteção da policia, ante um público tão indiferente quanto à visão banal de uma orgia de cães em torno de um poste.
373 – Dialética da inveja – 2003
E, no caos da revolução, as esperanças dos pobres acabam sempre sacrificadas à glória dos intelectuais ativistas.
396 – Sonhando com a teoria final – 2012
Teorias científicas não descem prontas do céu das idéias puras. Todas trazem no fundo algum elemento ideológico, por discreto e indesejado que seja, o qual cedo ou tarde acaba por subir à superfície da história (...) [A filosofia também sofre do mesmo mal...]
405 – O testemunho proibido – 2001
A cena do testemunho rejeitado repete-se milhões de vezes, ao longo dos séculos, onde quer que um escritor, um professor, um orador, seja acusado de dizer o que não disse, de ensinar o que não ensinou, de pregar o que não pregou. Se nesse momento alega o testemunho público de seus escritos, de seus ouvintes, de tudo o que é arquinotório e documentado, isso não o livra da má vontade do juiz iníquo. O simples desejo de provar é tido como insolência. Calem-se as testemunhas, suprimam-se os documentos: o que vale não é a palavra de quem viu, leu ou ouviu. O que vale é a palavra de quem, nada tendo visto, lido ou ouvido, conjetura, suspeita e acusa. A ignorância maliciosa torna-se fonte da autoridade, suprimindo não somente os fatos, mas a simples possibilidade de alegá-los. O que importa não é conhecer, é odiar com intensidade.
407 – Do mito à ideologia – 2001
Os povos mais primitivos, as comunidades mais rudimentares já mostravam saber que algum tipo de conhecimento metafísico precedia, no tempo e na ordem hierárquica dos fatores, a organização material da sociedade – pois a sociedade é feita por homens, e a organização da alma humana precede a possibilidade mesma da ação racional na sociedade.
Ideologia é isso: um discurso que, partindo de uma falsa visão do presente, atrai os homens para a construção de um futuro que, depois de pronto, é feio demais para que suportem reconhecer nele a obra de suas mãos.
Ora, os esquemas narrativos da literatura superior são os padrões de autocompreensão imaginativa de uma civilização. E os padrões de autocompreensão imaginativa são, por sua vez, os esquemas de ação possíveis.
425 – Cem anos de pedofilia – 2002
Na Grécia e no Império Romano, o uso de menores para a satisfação sexual de adultos foi um costume tolerado e até prezado. Na China, castrar meninos para vendê-los a ricos pederastas foi um comércio legítimo durante milênios. No mundo islâmico, a rígida moral que ordena as relações entre homens e mulheres foi não raro compensada pela tolerância para com a pedofilia homossexual. Em alguns países isso durou até pelo menos o começo do século XX, fazendo da Argélia, por exemplo, um jardim das delícias para os viajantes depravados.
Alfred Kinsey, o charlatão (e pedófilo nas horas vagas) que enganou metade do país entrevistando criminosos sexuais sobre suas práticas eróticas e depois alardeando as respostas como se viessem da população média.
435 – Figuras de linguagem – 2007
(...) O agitador que pregue abertamente a inferioridade da raça negra e o engraçadinho que faça uma piada ocasional sobre negros podem ser condenados à mesma pena por delito de “racismo”. Duas condutas qualitativamente incomparáveis são niveladas por baixo: não há mais diferença entre o delito e a aparência de delito.
456 – Debatedores brasileiros – 2002
Num momento em que cada um se nomeia fiscal infalível da coerência alheia, cabe lembrar aos distintos que o próprio Aristóteles, inventor ou primeiro formulador das regras da lógica e das Refutações Sofisticas, advertia que esses instrumentos de nada valiam sem um longo adestramento preliminar nas artes da linguagem e no exercício da compreensão.
Esse é o motivo, também, pelo qual aconselho a meus alunos que não entrem no estudo das áreas filosóficas mais técnicas e mais dependentes da lógica antes de adquirir uma solida cultura literária universal, o domínio de vários idiomas, um apurado senso das figuras de linguagem e, enfim, uma compreensão adequada do que lêem.
458 – Debate e preconceito – 2012
Estamos em pleno império da manipulação psicótica da opinião pública.
[os inimigos mais ferozes de Lula] já se conformaram ao menos implicitamente em colocar o Foro de São Paulo acima da Constituição, das leis e das instituições brasileiras. Se reclamam de roubalheiras, de desvios de verbas, de mensalões e propinas, é precisamente para não ter de reclamar da transferência da soberania nacional para a assembléia continental dos “companheiros”, como Hugo Chávez, Fidel Castro, os narcoguerrilheiros colombianos e os sequestradores chilenos.
477 – Ato de rotina – 2011
A tática da dupla face [de Lula] funcionou tão bem que, numa mesma semana, foi homenageado pelo Foro Econômico de Davos por sua adesão ao capitalismo e no Foro de São Paulo por sua fidelidade ao comunismo.
480 – Nada de novo – 2005
Todos parecem surpresos com o estado de coisas, mas ele era mais que previsível. Desde o começo da década de noventa, quando o PT investiu pesado na construção de uma imagem de moralidade impoluta, avisei que a chegada desse partido ao poder inauguraria uma era de corrupção que faria empalidecer os mais rubros escândalos dos governos anteriores.
Os velhos políticos corruptos limitavam-se a roubar. O PT transformou o roubo em sistema, o sistema em militância, a militância em substitutivo das leis e instituições, rebaixadas à condição de entraves temporários à construção da grande utopia.
485 – A engenharia da desordem – 2012
O cidadão que sai da miséria para entrar no mercado de trabalho pode permanecer grato, durante algum tempo, a quem lhe deu essa oportunidade, mas no correr dos anos acaba percebendo que sua sorte depende do seu próprio esforço e não de um favor recebido tempos atrás. Já aquele cuja subsistência provem de favores renovados todos os meses torna-se um puxa-saco compulsivo, um servidor devoto do “Padim”, um profissional do beija-mão.
Transforme os pobres em mendigos remediados e em poucos anos você terá criado uma massa de pequenos aproveitadores cínicos, empenhados em eternizar a condição de dependência e extrair dela proveitos miúdos, mas crescentes, fazendo do próprio aviltamento um meio de vida.
Durante [os dois mandatos de Lula] o sistema educacional brasileiro tornou-se um dos piores do universo, uma fábrica de analfabetos e delinqüentes como junca se viu no mundo.
Se há uma obviedade jamais desmentida pela experiência, é esta: a desorganização sistemática da sociedade é o modo mais fácil e rápido de elevar uma elite militante ao poder absoluto.
487 – Como sempre – 2012
Nenhum dos réus do processo [mensalão] agiu por conta própria, nem no seu interesse pessoal exclusivo. Todos tinham a consciência clara – e por isso mesmo, a seus próprios olhos, totalmente limpa – de trabalhar para a gloria e o poder do seu partido, para a consolidação da hegemonia esquerdista, que se colocava acima das leis não por um desvio acidental, mas com o propósito deliberado de destruiu o sistema vigente e legitimar, pelo hábito repetido, o império soberano de uma nova autoridade: o “poder onipresente e invisível” de que falava Antonio Gramsci.
489 – Depois do mensalão – 2012
Que foi, afinal, o mensalão? Uma gigantesca operação de compra de consciências. E para quê as consciências foram compradas? Para enriquecer os srs. José Dirceu, Genoíno, Valério e mais alguns outros? De maneira alguma. Foram compradas para neutralizar o Legislativo e concentrar todo o poder nas mãos do Executivo, portanto do Partido dominante. Que pode haver de mais leal, de mais coerente com a tradição marxista?
501 – A técnica opressão sedutora – 2011
Cinqüenta por cento das crianças americanas vivem sem um dos pais – quase sempre o pai. Uma das conseqüências diretas é o aumento exponencial dos casos de pedofilia doméstica, onde as estatísticas mostram que o culpado é quase que invariavelmente o namorado da mãe.
516 – Psicólogos e psicopatas – 2012
A proibição de dar tratamento psicológico a pacientes que sintam desconforto com a sua vida homossexual resulta num impedimento legal de distinguir entre esses dois tipos de conduta especificamente diferentes, entre o mero impulso sexual e a sintomatologia neurótica, equalizando, portanto, homossexualismo e doença. [!!!!]
Sobre a diferença entre gays e gayzistas, repito: homossexuais podem ser pessoas emocionalmente estáveis, honestas e confiáveis? Podem. Mas a ideologia gayzista infunde neles um orgulho psicótico eu os induz a a todos os desequilíbrios e a todos os desmandos. Patriotas alemães eram pessoas normais até que a ideologia nazista os transformou em criminosos. Toda ideologia que coloca um grupo acima dos princípios tradicionais da moralidade acaba por transformá-lo em bando de delinqüentes.
524 – Primores de ternura – 1 – 2009
Leio no site da Previdência Social: “O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semiaberto.” Ou seja: no Brasil você pode matar, roubar, seqüestrar ou estuprar, seguro de que, se for preso, sua família não passará necessidade. O governo garante.
Se, porem, como membro efetivo da maioria otária, você não faz mal a ninguém e em vez disso prefere acabar levando dois tiros na cuca, quatro no estomagou ou três no peito, ou então uma facada no fígado, esticando as canelas in loco ou no hospital, aí o governo não garante mais nada: sua viúva e seus filhos podem chorar à vontade na porta do Palácio do Planalto, que o coração fraterno da República solidária não lhes concederá nem uma gota da ternura estatal que derrama generosamente sobre os bandidos.
Veja o que pensavam alguns dos mentores revolucionários mais celebres:
Mikhail Bakunin, líder anarquista: “Para a nossa revolução, será preciso atiçar no povo as paixões mais vis.”
V. I. Lenin: “O melhor revolucionário é um jovem desprovido de toda moral.”
526 – Primores de ternura – 2 – 2009
O auxilio-reclusão – ou “Bolsa-Bandido”, como o povo prefere chamá-lo – não tem nada de extravagante ou surpreendente. É apenas mais uma expressão da “imensa ternura para com os ferozes”, o sentimento mais profundo e permanente da religião revolucionaria, que de há muito já deixou de ser só um estado de alma e se transformou em temível instrumento de ação prática.
560 – O advento da ditadura secreta – 2012
Em 31 de dezembro, quando o povo estava distraído festejando o ano-novo, Obama assinou o Defense Authorization Act, que lhe dava, simplesmente, o direito de manar matar ou de prender por tempo indefinido, sem processo nem habeas corpus, qualquer cidadão americano. No crepúsculo da sexta-feira, 16 de março, veio uma ordem executiva (o equivalente da nossa “medida provisória”, com a diferença de que não é provisória) que confere ao presidente os poderes necessários para estatizar, que qualquer momento e sem indenização, todos os recursos energéticos do país, incluindo as empresas de petróleo, mais a indústria de alimentos, e ainda para instituiu quando bem deseje, sem autorização do Congresso, o recrutamento militar obrigatório. Em suma: o homem deu a si mesmo poderes ditatoriais, e nas duas ocasiões fez isso em momentos calculados para desviar as atenções e frustrar a divulgação. A precaução acabou por se revelar desnecessária: jornais e canais de TV, levando a solicitude até o último limite do servilismo totalitário, não publicaram praticamente nada a respeito, de modo que, com exceção daqueles que já voltaram as costas à mídia elegante e preferem informar-se pela internet, os americanos, tendo adormecido numa democracia, acordaram numa ditadura sem ter a menor idéia do que havia acontecido.
562 – Fugindo da humilhação – 2013
Platão, no Eutífron, já advertia contra aqueles que estão do lado do bem só por tradição e hábito, sem revigorar suas crenças pela busca ativa da verdade, e se tornam assim colaboradores inconscientes do mal.
Uma pesquisa já antiga da IBM mostra que é possível levar qualquer pessoa a um estado de quase paranóia mediante o simples controle do fluxo de informações que recebe: basta mantê-la em constante alerta contra o perigo de uma humilhação iminente.
O psiquiatra polonês Andrew Lobachewski ensina que, quando um grupo de psicopatas cínicos e descarados assume o poder na sociedade, a histeria, em proporções epidêmicas, se espalha pela população.
Obama usa 27 números diferentes de Social Security, registrados em nome de pessoas mortas, de parentes longínquos da sua esposa e até da mãe de um alto funcionário do próprio Social Security? Deve haver uma explicação.
Obama assinou com data de 1980 um certificado de alistamento militar emitido em 2008? Deve haver uma explicação. A borrachinha do carimbo foi visivelmente cortada e invertida para transformar 08 em 80? Deve haver uma explicação.
A certidão de nascimento de Obama publicada pela Casa Branca mostra letras com espaços diferenciados, como só veio a se tronar possível com máquinas de escrever elétricas que não existiam quando o documento foi emitido? Deve haver uma explicação.
565 – O erro dos birthers – 2012
Barack Hussein Obama elegeu-se presidente com documentos falsos. Sua certidão de nascimento é falsa, seu cartão de Social Security é falso, seu alistamento milita é falso. Especular onde nasceu é conjetura, saber se é elegível ou não é matéria de controvérsia legal, mas os documentos falsos são fatos brutos, visíveis com os olhos da cara.
568 – O império das puras coincidências – 2012
“Afinal, você vai crer em mim ou nos seus próprios olhos?” Groucho Marx
Segundo [os cálculos de um matemático] a possibilidade de que as pequenas e grandes irregularidades encontradas na certidão [de Obama] sejam puramente acidentais é de 1 para 75 trilhões.
572 – Velho truque – 2012
“Hegemonia” é isso: o domínio i9nvisivel e insensível exercido sobre as consciências pela força da repetição e do hábito impregnado na linguagem, nas rotinas, no “senso comum” (no sentido gramsciano do termo).
577 – Desarmando as criancinhas – 2013
Eu mesmo sou um exemplo vivo do perigo extremo de deixar as crianças brincarem com armas. Passei a infância tentando ser Roy Rogers ou Hopalong Cassidy e, ao crescer, tornei-me um assassino intelectual de idiotas, um dano que poderia ter sido evitado se no meu tempo, em vez de uma indecente facilidade de aceesso a revolveres e espingardas de plástico, existissem os Teletubbies, os Menudos e o Sr. Luiz Mott.
Numa escola de Maryland, dois meninos sofreram a mesma punição da garotinha da Pennsilvanya porque, sem armas de plástico ou de madeira ao seu alcance, mas empenhados assim mesmo em brincar de policia e ladrão, trocavam tiros com pistolas imaginárias formadas com o indicador e o polegar, este imitando o cão do revólver, aquele o cano.
579 – Armados e desarmados – 2013
O Homeland Security está distribuindo às escolas, igrejas, clubes e outras instituições um vídeo em que ensina como reagir a um invasor armado de pistola, rifle ou metralhadora. Receita número um: saia correndo. Número dois: esconda-se debaixo da mesa. Número três: ataque o sujeito com uma tesoura, um hidrante, um cortador de papéis, um grampeador ou algum outro instrumento mortífero em estoque no almoxarifado. E assim por diante. Não é gozação minha. Veja em HTTP://www.youtube.com/watch?v=5VcSwejU2D0
Alegando [o Homeland Security], vejam só, “defesa pessoal”, o departamento acaba de comprar sete mil fuzis AR-15 – aquele mesmo que o governo quer tomar dos cidadãos – e dois bilhões, sim, dois bilhões de balas hollow point, daquelas que espalham estilhaços no corpo da vítima. Essa munição é proibida para uso militar pela Convenção de Genebra, só podendo ser usada, portanto, contra a população civil. I inferno não está só cheio de boas intenções.
585 – Autoexplicação – 2001
Os senhores – falo de meus aduladores interesseiros, e não dos demais leitores, é claro – não têm a menor idéia de como é bom, para um sujeito que ajudou a construir uma mentira na juventude, poder desmontá-la na maturidade, tijolo a tijolo, com a meticulosidade sádica do demolidor que não se contenta em derrubar paredes, mas quer ir até o último fundamento, arrancar a última pedrinha do alicerce e deixar o terreno limpo e nu como antes do início da construção.
586 – Idiotas reciclados – 2008
Libertávamo-nos da “moral burguesa” escravizando-nos à autoridade irracional de um circulo de “companheiros”, cuja afeição se tornava o único fiador da salvação da nossa alma ante o tribunal da história.
Na perspectiva comunista, a idéia de relação pessoal separada da devoção partidária é um mito burguês desprezível. O recém-divorciado tem de se esquecer disso para poder fingir que seus antigos companheiros de militância são agora seus amigos sem nenhum interesse político, ao passo que eles, fiéis ao mandamento de jamais sobrepor as afeições do coração aos sagrados interesses do Partido, estão ansiosos por uma oportunidade de usar politicamente o novo “companheiro de viagem” para dar sentido moral à continuação de uma amizade que, sem isso, lhes pareceria uma futilidade pecaminosa.
588 – Cumprindo meu dever – 2000
Pessoalmente, nunca me manifestei a favor de nenhuma política “de direita”, e é por pura indução psicótica e ressentimento de complexados que uns sujeitos de esquerda tentam enxergar em mim um feroz direitista. (...) Raciocinam na base do (...) “quem não está conosco está do outro lado”.
A mentalidade comunista, no entanto, desconhece a tal ponto a liberdade de pensamento, subjuga tão pesadamente a inteligência ao comando partidário, que chega a catalogar a ideologia de um sujeito não pelas intenções e valores que professe, mas pela simples conjecturação hipotética e quase sempre paranóica do beneficio político ou publicitário que partidos ou correntes possam auferir de suas palavras, ainda que oportunisticamente e contra a vontade dele.
Da minha parte, estou persuadido de que o homem de pensamento deve ser escrupulosamente comedido ao opinar a favor de qualquer política em especial: deve simplesmente fazer a crítica do que é ruim e perverso, deixando ao público e aos políticos, àqueles que se orgulham de ser “homens práticos” e que têm o dever de sê-lo, a decisão de políticas positivas que hão de suprimir ou remediar o mal.
Apontar um homem como direitista, é acusá-lo de conspirador, de golpista, de corrupto, de torturador. Tanto é assim que qualquer delito cometido em interesse próprio por analfabetos coronéis do sertão é imediatamente atribuído à “Direita”, o que é pelo menos tão absurdo quanto enxergar motivação ideológica esquerdista em todos os crimes cometidos por meninos de rua.
590 – Por que não sou liberal – 2007
Há muitos motivos para coce ser contra o socialismo, mas entre eles há dois que são conflitantes entre si: é preciso escolher. Ou gosta da liberdade de mercado porque promove o Estado de direito, ou gosta do Estado de direito porque promove a liberdade de mercado. No primeiro caso, você é um “conservador”; no segundo, é um “liberal”.
O conservadorismo é a arte de expandir e fortalecer a aplicação dos princípios morais e humanitários tradicionais por meio dos recursos formidáveis criados pela economia de mercado. O liberalismo é a firme decisão de submeter tudo aos critérios do mercado, inclusive os valores morais e humanitários. O conservadorismo é a civilização judaico-cristã elevada à potencia da grande economia capitalista consolidada em Estado de direito. O liberalismo é um momento do processo revolucionário que, por meio do capitalismo, acaba dissolvendo no mercado a herança da civilização judaico-cristã e o Estado de direito.
595 – A tragédia do estudante sério no Brasil – 2006
A USP levou meio século para chegar ao poder, e ainda não parou de gerar pseudointelectuais ambiciosos, ávidos de mandar, sedentos de ministérios. Sua obra de destruição está longe de haver-se completado.
Se depois desse regime você ainda se impressionar com esses três [Marx, Nietzsche e Foucault], é porque é burro mesmo e eu nada posso fazer por você.
Mas o ambiente universitário brasileiro de hoje é tão baixo, tão torpe, que só de a gente apresentar essa lista – o mínimo requerido para uma formação séria de filósofo ou erudito -, o pessoal já arregala os olhos de susto. Na verdade, o estudante brasileiro não lê nada, só resumo e orelha, além de Emir Sader e da dupla Betto & Boff, que não valem o resumo de uma orelha. É tudo farsa, chanchada, pose. Não há quem não saiba disso e não há quem não acabe se acomodando a essa situação como se fosse natural e inevitável. A abjeção intelectual deste país e sem fim.
599 – Se você ainda quer ser um estudante sério... – 2006
(...) Nietzsche e Heidegger, brilhantes professores de confusão mental (...)
604 – Pela restauração intelectual do Brasil – 2006
O que você sabe depende de quem quer ser; o modelo do que você pode ser depende do que sabe. A ligação entre os dois planos é ignorada pelo ensino atual porque ele nem mesmo entende que existe uma dimensão espiritual, embora às vezes fale dela, até demais, confundindo-a com o simples culto religioso, com a moral ou com a psicologia.
A educação universitária brasileira é toda ela antieducação, já que visa somente a inculcar no aluno a mentalidade dominante da classe acadêmica atual (quando não o slogan partidário da semana), julgando o passado à luz do presente e nunca o presente à luz do passado.
Para avançar no plano espiritual, o estudante deve estar aberto à realidade do transcendente e do infinito, tendo ante essa dimensão a atitude gnoseologicamente apropriada e psicologicamente obrigatória de admiração contemplativa, temor reverencial e confiança existencial.
Para muitas pessoas hoje em dia, sobretudo os ditos “intelectuais”, essa percepção é inacessível e até inconcebível. Não por coincidência, são as pessoas que mais opinam a respeito, umas teorizando a sua própria incapacidade sob a forma de tagarelice materialista, cientificista, agnóstica etc., outras tratando de disfarçá-la por meio de conversas estereotipadas sobre religião, estados misticismo, esoterismo, alquimia etc.
610 – Espírito e personalidade – 2013
Pessoas que pensam muito são, só por isso, chamadas de “intelectuais”, mas isso é errado: a vida do intelecto só começa na fronteira em que o pensamento se apaga para dar lugar ao vislumbre da verdade. [!!!]