EXTRATO DE: OS UNGIDOS
A FANTASIA DAS
POLÍTICAS SOCIAIS PROGRESSISTAS
Autor: Thomas
Sowell
Ed. LVM –
1995/2022/2023
“Nos parques em chamas, nas tavernas, nas
academias silenciadas, seu murmúrio aclamará a sabedoria de mil impostores.
Pois é deles o reino.”
Kenneth Fearing (1902-1961), poeta.
UNÇÃO LISONJEIRA
Qual o porquê da necessidade de acreditar em uma
visão particular cujas evidências contrárias são ignoradas, suprimidas ou
desacreditadas? Por que alguém busca não pela realidade, mas por uma visão? O
que essa visão oferece que a realidade não oferece?
[A resposta é que]
ela é um estado especial de graça para aqueles que acreditam nela.
Os insipientes
devem ser “informados”, ter suas “consciências elevadas” e há uma ardente
esperança de que eles irão “amadurecer”.
A visão dos ungidos
não é uma visão sobre a tragédia da condição humana: problemas existem porque
outros não são tão saios ou virtuoso quanto os ungidos.
O PADRÃO
O padrão dos
ungidos tem 4 estágios:
Estágio 1 – A
“CRISE”: há uma situação cujos aspectos negativos os ungidos propõem eliminar.
Estágio 2 – A
“SOLUÇÃO”: políticas para acabar com a “crise” são defendidas com a alegação de
que elas levarão a resultados benéficos.
Estágio 3 – OS
RESULTADOS: as políticas instituídas levam a resultados desastrosos.
Estágio 4 – A
RESPOSTA: os críticos são dispensados como simplistas e frequentemente é
declarado que as coisas estariam ainda piores, se não fossem os maravilhosos
programas que atenuaram os inevitáveis danos de outros fatores.
Não importa o que
aconteça, a visão dos ungidos sempre sai vitoriosa. [E] a relação entre teoria
e evidência é simplesmente ignorada.
Enquanto os
programas de educação sexual se espalhavam por todo o sistema educacional
norte-americano durante os anos 1970, a taxa de gravidez entre garotas de 15 a
19 anos aumentou em, aproximadamente, sessenta e oito a cada mil, em 1970, para
aproximadamente noventa e seis em cada mil, em 1980. (...) A taxa de gonorréia
em adolescentes triplicou entre 1956 e 1975.
O ponto chave sobre
a cruzada da educação sexual, para se compreender a visão dos ungidos, é que a
evidência provou ser tão irrelevante aqui quanto em outras questões.
[Para os ungidos,
as coisas estariam melhores] se as convicções de muitos fossem substituídas pelo
novo e especial discernimento de poucos.
[Nas estatísticas
comparativas do tipo antes-e-depois] o período de “antes” escolhido pode mudar
as conclusões completamente.
SEGUINDO OS NÚMEROS
Qualquer pessoa que
examinar dados estatísticos o suficiente em algum momento, vai encontrar
números que parecem confirmar uma dada visão, com frequência, o mesmo conjunto
de dados contém outros números que parecem confirmar conclusões diametralmente
opostas.
Um estudo (...)
mostrou que (1) mulheres negras grávidas receberam cuidados pré-natais com
menor frequência do que mulheres brancas grávidas e que (2) a mortalidade
infantil entre os negros era muito maior do que entre os brancos. [Reação
típica: Aha!!!] (...) Na mesma página do
relatório, as estatísticas mostraram que (1) mexicanos-americanos receberam
ainda menos cuidado pré-natal do que os negros e que (2) a taxa de mortalidade
entre mexicanos-americanos não era maior do que entre os brancos [!!!! Reação
típica: silêncio.].
[E mais adiante ele
acrescenta:] O fato de que não há correlação entre a falta de cuidados
pré-natais e altas taxas de mortalidade infantil em grupos que tradicionalmente
cuidam mais de seus filhos é
simplesmente ignorado.
Estatísticas
invalidas servem para angariar verbas e ao propósito de permitir aos ungidos
garantir a decisão dizendo ao público apenas o que ganhará apoio político.
Ninguém repara nas
enormes disparidades entre jogadores profissionais de basquete brancos e negros
(...).
[Estatísticas
seletivas do tipo Aha!]: No estado de São Paulo, mais de 2/3 das batatas e mais
de 90% dos tomates foram cultivados por pessoas de ascendência japonesa.
Um ativista
produziu documentos mostrando os cento e cinquenta condados que “mais passam
fome” nos Estados Unidos. Destes, o mais “faminto” de todos era uma comunidade
ranchos e fazendas, onde a maior parte dos fazendeiros e rancheiros plantavam
sua própria comida, onde trabalhadores de fazendas ranchos recebiam moradia por
seus empregadores e onde apenas duas pessoas no condado inteiro participavam do
programa de food stamps.
Correlação não é
causalidade.
A visão dos ungidos
sobreviveu mesmo depois que massivos programas de habitação oferecidos pelo
governo fizeram com que conjuntos habitacionais novinhos rapidamente se
corrompessem e virassem novas favelas e centros de crime crescente.
Quando uma
correlação vai diretamente contra a visão dos ungidos, ela é simplesmente
ignorada por aqueles que buscam a estatística “Aha!”.
A preservação da
família como uma unidade autônoma de tomada de decisão é incompatível com ceder
as suas decisões a terceiros, [desejo] que está no coração da visão dos
ungidos.
(...) tipos
diferentes de pessoas têm valores e comportamentos diferentes – e que estes
valores e comportamentos têm enorme impacto nos resultados. Contudo, dizer isso
seria entrar no reino proibido da responsabilidade pessoal e distanciar-se da
visão de uma “sociedade” ignorante que precisa ser reformada pelos ungidos
(...).
A IRRELEVÂNCIA DAS
EVIDÊNCIAS
“Fatos são coisas teimosas; e quaisquer que
sejam nossos desejos, nossas inclinações ou os ditames de nossas paixões, eles
não podem alterar o estado dos fatos e das evidências.” John Adams (1735-1826), um dos “pais
fundadores”.
Quase metade das
firmas na Fortune 500, em 1980, dez anos depois não estavam mais lá.
[As previsões sobre
reservas de minerais são sistematicamente desbancadas pelo simples fato de que]
a oferta e a procura são baseadas em reservas conhecidas e estas podem aumentar
ou diminuir. (...) Já que o processo de descobrimento é dispendioso, nunca
valerá a pena pagar para descobrir a quantidade total [realmente existente].
Para Ralph Nader “o
consumidor deve ser protegido o tempo inteiro de sua própria indiscrição e
vaidade”.
Um dos problemas
enfrentados pelos “defensores do consumidor”, no geral, é como fazer sumir as
próprias preferências dos consumidores ao argumentar, já que a soberania do
consumidor entra em conflito com a
barriga de aluguel moral dos ungidos.
Deslocar a responsabilidade
do consumidor para o fabricante tem sido uma parte crucial na defesa do
consumidor.
A confiança dos
ungidos em sua própria “razão” articulada tem como contraponto a sua total
falta de confiança nos processos sociais sistêmicos, operando sem sua
orientação e intervenção. Dessarte, a operação de um livre mercado é suspeita
aos seus olhos, não importa o quanto funcione, e o controle do governo sobre
atividades econômicas parece ser racional, não importa o quanto fracasse.
Como a maioria das
profecias de desastre, o relação da Clube de Roma tinha um objetivo e uma visão
– a visão de uma elite ungida, requisitada com urgência para controlar os, de
outra forma, fatais defeitos dos seres humanos inferiores.
Se um programa “X”
estava gastando 100 milhões uma não antes e se estavam buscando expandir para
150 milhões, uma expansão para 135 milhões será chamada de “corte” de 15
milhões. [!!! Pura novilíngua.]
Táticas de debatem
que substituem argumentação:
Todas as coisas são diferentes, fora suas
similaridades, e são iguais com exceção das diferenças.
No final, nada é exato, nem mesmo as medidas
físicas, pois os instrumentos não podem ser considerados 100% precisos. [O que
fazemos é estabelecer limites de tolerância.]
Os ungidos são livres do feedback de uma realidade
que não coopera.
Apoiadores da
diversidade no sentido de raça ou gênero são frequentemente hostis à
diversidade ideológica quando ela inclui valores e ideias tradicionais ou
“conservadoras”.
Falácia da
composição, pressupor que aquilo que se aplica a uma parte também se aplica ao
todo. Por exemplo, é verdade que uma pessoa no público de um estádio pode ver
melhor o jogo se levantar-se, mas não será verdade que todos verão melhor se
todos se levantarem.
A verdade não pode se tornar propriedade privada
sem perder todo o seu significado.
Uma das maneiras de
aparentar estar argumentando sem realmente produzir qualquer argumento é a de
dizer que algum grupo ou indivíduo tem o “direito” a alguma coisa que você quer
que eles tenham.
O direito a alguma
coisa significa que outra pessoa será obrigada a prestar serviço de forma
involuntária (...).
A linguagem de
direitos iguais é recrutada para serviços de defesa de privilégios que nos
dividem.
Para uma sociedade
como um todo, nada é um direito, nem mesmo a pura subsistência, que deve ser
produzida por esforços humanos.
Quando os ungidos
anunciam direitos para um segmento em particular da população, eles estão
escolhendo outros para serem suas mascotes – e estão também buscando o poder do
estado para ratificar e reforçar essas escolhas arbitrárias, tudo sem a
necessidade de argumentar. (...) Um exemplo é dizer que algo é “inevitável”.
Princípios gerais
de senso comum:
OS UNGIDOS VERSUS
OS IGNORANTES
“Todo homem, onde
quer que vá, é rodeado por uma nuvem de convicções confortáveis, que se movem com ele como
moscas em um dia de verão.”
Bertrand Russel
(1872-1970)
Que tipo de mundo
os ungidos acreditam já existir?
[Não se pode morder mais do que nos permite nossa
capacidade de mastigar. (inspirado em frase de Sowell)]
Adam Smith: A
piedade aos culpados é crueldade para os inocentes. [Eu acrescentaria que
crueldade ainda maior é para com as vítimas.]
John Jay (um dos
pais fundadores): Nações, no geral, guerrearão sempre que tiverem a
possibilidade de ganhar alguma coisa.
O refrão dos ungidos é “nós já sabemos as
respostas, não há necessidade para mais estudos.
Os problemas
existem apenas porque as outras pessoas não são tão inteligentes ou não se
importam tanto, ou não têm tanta imaginação ou coragem, quanto os ungidos.
As limitações
inerentes às circunstâncias e às pessoas são deixadas de lado, assim como
abordagens políticas alternativas, que não oferecem nenhum papel para os ungidos.
A ideia de criar o
tipo de pessoa necessária para uma nova sociedade existe desde 1793.
Will Durant
(1885-1981) e Ariel Durant (1898-1981): A cada cem novas ideias, noventa e nove
ou mais, provavelmente, serão inferiores às respostas tradicionais que elas
propõem substituir. Nenhum homem, não importa o quão brilhante ou bem
informado, pode ter total e completa compreensão de forma a julgar com
segurança os costumes ou instituições de sua sociedade, pois essa é a sabedoria
de gerações após séculos de experimentos no laboratório da história.
Oliver Wendell
Holmes (1841-1935) juiz da Suprema Corte: melhorar as condições de vida e a
raça é o principal, mas como diabos eu posso saber se não estou piorando mais
em outro lugar? (...) Ele ainda falou com desdém da vã tentativa de amar seu
vizinho como a si mesmo, da nossa legislação criada para ajudar outras pessoas
e das tentativas de impor leis à felicidade.
Na visão trágica,
sofrimentos individuais e males sociais são inerentes nas deficiências naturais
de todos os seres humanos, sejam essas deficiências de conhecimento, sabedoria,
moralidade ou coragem.
Revel: em uma
sociedade livre não há uma única causa, apenas métodos justos.
Para os ungidos, as
tradições são vistas como relíquias opressoras do pretérito, pertencentes a uma
era menos iluminada e não como a experiência purificada de milhões que
enfrentaram vicissitudes humanas parecidas no passado.
Para aqueles com a
visão trágica, a barbárie não é um estágio distante da evolução, mas uma ameaça
sempre presente quando as instituições civilizadas são enfraquecidas ou
debilitadas.
Will e Ariel: A
civilização não é herdada; ela precisa ser aprendida e merecida por cada nova
geração; se a transmissão for interrompida por um século, a civilização
morreria e nos tornaríamos selvagens novamente.
O propósito de uma
instituição paga com dinheiro público é o de expressar ideologias daqueles que
a comandam e de realizar uma lavagem cerebral nos visitantes com a visão dos
ungidos.
O socialista
fabiano George Bernard Shaw (1856-1950) considerou a classe trabalhadora como
pessoas “detestáveis” que “não têm o direito de viver”.
A suposta
irracionalidade do público é um padrão nas grandes cruzadas dos ungidos no
século XXI. (...) Eles, não por acaso, têm desprezo pelo público.
Na visão trágica
onde o conhecimento humano e o poder de previsão são muito limitados para
todos, a causalidade opera mais frequentemente de maneira sistemática, com
inúmeras interações produzindo resultados livres do controle de qualquer indivíduo
ou grupo, (...).
[O ibovespa] está
em 107 mil pontos não porque alguém planejou se assim, mas porque esse foi o
resultado líquido de inúmeras transações realizadas por inúmeras pessoas
buscando apenas seu próprio ganho individual naquelas ações especificas que
estavam negociando.
Nenhum indivíduo
sábio criou ou conselho sentou-se e criou a linguagem. (...) A riqueza,
complexidade e sutilezas das línguas surgiram de forma sistemática, das
experiências e interações de milhões de seres humanos normais, e não de um
“plano” verticalizado e formulado por alguma elite.
[Toda solução para uns inevitavelmente cria um
problema para outrem.]
Hayek: Comparada
com a totalidade do conhecimento, que é continuamente utilizada na evolução de
uma civilização dinâmica, a diferente entre o conhecimento do mais sábio e
aquilo que o indivíduo mais ignorante pode apresentar de forma deliberada é
comparativamente, insignificante.
[O que os ungidos
propõe] é a terceirização da tomada de decisão para pessoas que não carregam
nenhum ônus por errar. [Mais adiante] é tão fácil errar e persistir no erro
quando os custos do erro são pagos por outros.
“Casos difíceis
criam leis ruins” é outra forma na qual a visão trágica é expressa. Para ajudar
algum grupo ou indivíduo em situação difícil na frente deles, os juizes podem
distorcer a lei para chegar em um veredito mais benigno naquele caso
especifico, porém ao custo de prejudicar toda a consistência e previsibilidade
da lei, da qual milhões de outras pessoas dependem e da qual dependem a
liberdade e a segurança de toda uma sociedade.
As leis que
protegem órfãos de serem adotados em lares impróprios condenam mais o s órfãos
aos cuidados de instituições ou a turbulentas mudanças em suas vidas, ao passar
por vários lares adotivos, amos os casos podendo causar danos duradouros.
CRUZADA DOS UNGIDOS
197
“Cuidado com as
pessoas que moralizam assuntos importantes, moralizar é mais fácil do que encarar fatos difíceis.” John Corry
215
No se deve supor
que a direção da causalidade seja da pobreza ao crime, especialmente depois de
décadas de programas governamentais que aliviam a pobreza e ainda não
conseguiram evitar o aumento das taxas de criminalidade a novos recordes.
O destino de
terceiros inocentes, como as crianças da escola, tem pouco peso quando se toma
o lado dos mascotes.
[Em relação à AIDS,
tal como na COVID] O problema não era simplesmente o que as autoridades médicas
não sabiam na época, mas o que elas achavam saber e afirmar para os ignorantes.
[Nos Estados
Unidos]: Algo entre dois milhões e três milhões de acusações de abuso infantil
e negligencia chegam aos disque-denúncia todos os anos. Desse número, 60% são
consideradas falsas e abandonadas. Dos 40% restantes que chegam a ser
investigadas, por volta da metade (o que envolve quase setecentas mil famílias)
acabam sendo dispensadas, mas não antes das crianças terem sido revistadas
nuas, interrogadas por filas de assistentes sociais, policiais e advogados,
passando por testes psicológicos e, às vezes, também sendo colocadas em casas
de adoção. Essas ações acontecem sem um mandado, permissão dos pais,
julgamentos ou acusações oficiais – muitas vezes baseadas apenas em uma ligação
anônima.
O VOCABULÁRIO DOS
UNGIDOS
245
Quando as pessoas
escolhem suas ocupações de acordo com o que o público quer e está disposto a
pagar, isso é “ganância”, porém, quando o público é forçado a pagar pelo que os
ungidos querem estão, é considerado “serviço público”.
Uma preocupação
importante dos ungidos é chamada de “uma questão de princípio”, enquanto uma
preocupação importante para os ignorantes é chamada de “uma questão emocional”.
Taxas de
sobrevivência diferenciais são fundamentais na competição sistêmica, seja entre
árvores em uma montanha, animais evoluindo na natureza ou negócios em um
mercado competitivo.
A visão dos ungidos
tende a enxergar as coisas em termos do que deve ser feito para endireitar as
coisas no esquema cósmico.
O vocabulário dos
ungidos é repleto de termos como “sensibilizar”, “esclarecer” e “reeducar”
outras pessoas.
Atiramos em
cachorros enlouquecidos não apenas porque são perigosos, mas também porque não
sabemos como capturá-los de maneira segura e fazer com que sejam inofensivos
novamente. Certamente, não seria correto atirar neles se soubéssemos. Contudo,
nós atiramos porque temos ciência de nossas limitações, tanto quanto por causa
do perigo que acarretam.
O ponto de vista
cósmico toma muitas formas, seja na lei ou em outras áreas. Uma delas está no desejo de igualar “as oportunidades
da vida” entre indivíduos nascidos em diferentes classes, raças, sexos e
outros.
Sociedade muitas
vezes significa algum grupo designado de tomadores de decisão de elite, armados
com poder governamental.
Capitalismo não é uma filosofia. Ela é nada mais
nada menos que uma economia que não é dirigida por autoridades políticas.
DESASTRE NOS
TRIBUNAIS
“A lei perdeu sua
alma e se tornou selva.” Bernard de \Jouvenel (1903-1987)
286
Séculos de luta,
sacrifício e derramamento de sangue foram necessários para criar o ideal de um
governo de leis acima de qualquer governante ou órgão político.
Quando Jouvenel
disse que a lei havia perdido sua alma, ele quis dizer que o grande conceito da
lei estava sendo corroído, ou prostituído, até que irou nada mais do que um
conjunto de regras e decisões, que podem ser mudadas sem aviso e que refletiam
nada mais que um exercício arbitrário de poder, ou seja, a própria antítese da
lei.
O Estado de Direito e a visão dos ungidos são
inerentemente contrários.
[O imbecil esquerdopata
do] Noam Chomsky afirmou: “liberdade é uma ilusão e escárnio quando as
condições para exercermos a liberdade de escolha não existem” – e essas
condições não existem para “a pessoa obrigada a vender sua força de trabalho para
sobreviver”, ou seja, para qualquer um que trabalhe para sobreviver. [!!! Ele
nem se deu conta de que ele escreve livros, dá palestras, exatamente vendendo
seu trabalho para sobreviver!!!] Qualquer limitação circunstancial ou
consequência em potencial, que dependam das decisões das pessoas, fazem com que
suas escolha não sejam livres “de verdade”. [Um indivíduo primitivo, da Era das
cavernas, no conceito de Chomsky, não tinha liberdade apesar de não “trabalhar”
para sobreviver. Ele tinha que tomar decisões sob o peso de tudo que lhe ameaçava
a vida: animais predadores, falta de alimento, falta de agasalho, falta de
abrigo, intempéries, frio, calor, mulher, filhos, ameaças de outros grupos
nômades, etc.] Esse conceito de Chomsky de liberdade de escolha exige um
universo sem limites. Apenas deus poderia ter liberdade de escolha e apenas no
primeiro dia da criação, já que Ele seria confortado no segundo dia com o que
havia feito no primeiro. [Como se vê, Chomsky não passa de um imbecil
psicopata.]
Salvar um réu
inocente por décadas vale o sacrifício de dez vítimas inocentes de homicídio? Quando reconheceremos que não há
soluções, apenas trocas, não podemos mais buscar a justiça cósmica, mas sim
fazer nossas escolhas entre alternativas verdadeiramente disponíveis (...).
Nada caracteriza
mais a busca por justiça cósmica quanto as tentativas de compensar os erros
históricos, não apenas para indivíduos específicos que foram condenados injustamente
ou vitimados de outra maneira, mas para categoria inteiras de pessoas cujos
infortúnios de seus antepassados deve ser compensados na geração atual.
Como seria a
Espanha sem a invasão dos mouros. Como seriam os egípcios de o Nilo não existisse.
A substituição de
significados históricos por
“significados contemporâneos” é uma grande transferência de poder para os
juizes, não só de outras ramificações do governo, mas do povo também.
Ativistas jurídicos
querem libertar as decisões dos juizes das limitações da Constituição conforme
escrita e as limitações da legislação aprovada.
A questão não é se
deve ou não haver mudança, a questão é quem vai dirigir a mudança e com a
autorização de quem? [E ainda têm a cara de pau de chamar de inconstitucionais
decisões com as quais não concordam.]
[Tudo se resume à
busca pela “justiça cósmica”.]
O efeito do ativismo jurídico é
que ele permite que a visão dos ungidos vete as decisões legalmente impostas
pela comunidade, mesmo quando estas não estão em conflito com a Constituição
escrita. Além disso, esse veto é exercido em nome da Constituição e até em nome
da comunidade [o povo quer, o povo deseja, o povo precisa...], pelo menos
daqueles que se consideram parte da comunidade “com consciência”.
REALIDADE OPCIONAL
“(...) ideologia (...) é um instrumento de
poder; um mecanismo de defesa contra a informação; um pretexto para restrições
morais astutas ao fazer ou aprovar o mal com uma consciência limpa; e
finalmente, uma maneira de banir o critério da experiência, ou seja, de
eliminar completamente ou adiar indefinidamente os critérios pragmáticos do
sucesso e fracasso.” Jean-François
Revel (1924-2006)
(...) a elaboração
de políticas públicas deve ser vista como gratificação ao ego ao impor a sua
visão aos outros através do poder do governo.
Os princípios
centrais da visão predominante entre os ungidos podem ser resumidos em cinco
proposições:
Como apontou Hannah
Arendt (1906-1975): transformar questões de fato em questões de intenção foi
uma das maiores conquistas dos regimes totalitários do século XXI.
Para os ungidos, sua visão e realidade são a mesma
coisa.
Se um assassino não
teve uma infância tão feliz quanto imagina-se que todos os outros tiveram, isso
se torna uma razão para reduzir sua sentença.
Ao tratar a
realidade como algo maleável e experiências desagradáveis como facilmente
evitáveis, essa abordagem ignora as poderosas forças por trás da realidade,
incluindo os perigosos, porém naturais, impulsos dos seres humanos.
No mundo dos
ungidos a natureza humana pode ser modificada a qualquer momento. (...) “Conscientizar”
outras pessoas ou ajudá-las a “crescer” são ideias muito atraentes àqueles com
a visão dos ungidos.
[Ungidos ignoram
feedbacks da realidade.]
[Quando os ungidos se
vêm sem argumentos, apelam para o extermínio moral do oponente.]
Para os ungidos, é
desesperadamente importante ganhar (...) porque toda a sua ideia de si mesmos
está em risco.
A história é a
memória de uma nação (...) e ela está sendo apagada por historiadores
encantados com a visão dos ungidos. (...) Essas rejeições radicais do passa
mais do que uma moda passageira ou vaidade pessoal se trata da perigosa
destruição da experiência conquistada por milhões de seres humanos, vivendo por
séculos de luta com a tragédia da condição humana e a substituição desse rico
legado por teorias infundadas e fantasias narcisistas.
Permitir que os
ungidos tenham prioridade às decisões de milhões de outras pessoas é confinar o
conhecimento adquirido às decisões que existem dentro dos círculos dos ungidos,
dessa forma, diminuindo o conhecimento que pode ser usado a uma fração do que
está disponível.
É realmente
impressionante esperar que intelectuais construam políticas sociais comparáveis
àquelas que surgem da interação sistemática de milhões de outros seres humanos,
continuamente se ajustando às consequências que refletem as preferências
reveladas dos outros e as mudanças nas oportunidades e nas limitações da
tecnologia.
(...) não é
surpresa que tomar decisões através dos processos políticos muitas vezes acaba
em fracasso.
Independente do
viés ideológico das pessoas na mídia, não tem como a câmera mostrar todos os
negócios que existiriam na ausência das regulamentações do governo e custos
obrigatórios.
A mídia não
consegue mostrar a felicidade sádica quando o estuprador estuprava uma menina
que chorava pela sua vida.
Paul Weaver: A
mídia é menos uma janela para a realidade e mais um palco onde autoridades e
jornalistas atuam em ficções escritas por eles e serventes a eles.
Nos ungidos
encontramos toda uma classes de, supostamente, “pés pensantes” que
incrivelmente pensam muito pouco sobre substancia muito sobre expressões
verbais. Para que esse relativamente pequeno grupo de pessoas possa acreditar
que são mais sábios e nobres que o rebanho comum, adotamos políticas públicas
que impõem custos altos a milhões de outros seres humanos, não apenas com
impostos, mas em empregos perdidos, desintegração social e a perda da segurança
pessoal. Raramente um grupo tão pequeno custou tanto a tantas pessoas.