RESUMO
DE: A NOVA CULTURA DO DESEJO
Autor: Melinda Davis
Editora: Record 2002/2003
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A lista das coisas que desejamos e precisamos adquirir, fazer, experimentar e alcançar é maior e mais indispensável do que nunca.
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O Human Desire
Project é uma iniciativa da
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Embora não apreciemos a idéia de que até mesmo nossa vida mais intima é governada pelas leis do mercado, ela é. A lei da nossa selva é a política da persuasão, sedução, negociação e troca – de realizar com competência o quid pro quo -, a troca disto por aquilo, que faz a venda, assegura o negocio e em alguns círculos sela com um beijo.
No campo afetivo e no racional prevalecem aqueles que sabem falar ao desejo humano.
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A ciência do marketing tem taxas alarmantes de fracasso: cerca de 95% de todos os produtos novos, por exemplo, estão destinados ao fracasso financeiro e ao esquecimento.
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Por que desejamos as coisas que desejamos e faemos as coisas que fazemos?
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O que desejamos determina quem somos e o que vamos fazer deste mundo.
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O imagético é o invisível, o misterioso, o inatingível, o interior, o inalcançável, conhecido em alguns círculos como realidade não usual ou realidade baseada na consciência, o triunfo do invisível, o Efeito Castaneda, a ciência irônica ou, ocasionalmente, pelos céticos, como uma invencionice.
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A realidade em si passou a ser mental. O futuro, podemos dizer, está todo na cabeça de cada um.
A Web deu ímpeto ao fenômeno que define a segunda parte da História da Humanidade: o abandono da realidade física como o pincipal hábitat da nossa espécie. (...) A Web leva uma massa significativa de pessoas para o espaço mental.
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O mais importante hoje é a experiência imagética. A partir de um evento no mundo físico exterior, noticiamos com a maior urgência a reação imagética, o que se passa dentro das cabeças das pessoas diante dele, quer se trate de uma competição esportiva ou de um acontecimento histórico global.
O que não é material não é mais “imaterial”.
A realidade não é uma coisa, mas um movimento.
Na nova ordem das coisas não há mais lugar para as avaliações objetivas do tipo “vamos levantar o capô e dar uma olhada”.
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A verdade tronou-se opinião, probabilidade, sonho ou, nas palavras do físico John Wheeler, “um vôo da imaginação”.
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O mundo físico como ambiente humano básico acabou
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Eis uma grande novidade: estamos perdendo a privacidade. O mundo inteiro sente-se cada vez mais no direito de invadir nossas mentes. Novas tecnologias e estratégias tecnológicas removem os portais de nossos mundos pessoais eletrônicos e cerebrais.
Antigamente precisávamos chamar o fluxo dedados antes de sermos inundados de informações. Agora os dados podem entrar e sair do nosso mundo eletrônico mais intimo (nossas mentes!) ao seu bel-prazer. É uma tecnologia atrevida, são cookies abusados!
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A General Motors está desenvolvendo uma tecnologia que observa os movimentos dos olhos do motorista atrave´s de um sensor no volante para deterctar uma queda de cocentração, normalmente conhecida como cochilo. Deus ex machina.
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O tempo não existe. “A passagem do tempo é simplesmente uma ilusão criada por nossos cérebros.”
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Segundo uma pesquisa de 1999 da Gallup, 60% dos americanos possuem i9nvestimentos no mercado de ações, contra 8% na década de 1950. (...) Frequentemente, não apenas os bens de uma companhia são imagéticos – suas propriedades intelectuais, a idéia para uma idéia, um conceito – como seu valor também é imageticamente determinado: inflacionado ou mal representado por praticas criativas de contabilidade, a nova onda de vaporware, ou a efeméride do lucro futuro.
Um IPO é uma idéias sobre como uma idéia pode fazer algum dinheiro. (...) É proibitivamente difícil unir entidades imagéticas de culturas empresariais divergentes, opondo sensos de identidade e colidindo visões sobre quem está por cima e quem vem primeiro. Esta é a idéia que algumas pessoas fazem de como são o céu e o infernmo imagéticos.
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O Pentágono anunciou (mas depois desativou) uma nova iniciativa, o Pentagon Office of Strategic influence (Departamento de Influência Estratégica do Pentágono). Sua missão: assumir a ofensiva imagética plantando na mídia estrangeira notícias – ocasionalmente verídicas, ocasionalmente falsas – para influenciar o sentimento público no exterior.
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Uma pesquisa inicial sobre o Viagra concluiu, de alguma forma, que 24% do uso do medicamento é para masturbação.
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Numa história extraordinária de coragem e discernimento, um jovem e seus pais na Califórnia tomaram a decisão de amputar suas duas pernas perfeitamente saudáveis, mas “deficientes” – pernas que ficaram inutilizadas devido a um defeito de nascença que confinou o garoto a uma cadeira de rodas – e substituí-las por um par nofo de “pernas flexíveis” criados pela bioengenharia.
Num grupo de pesquisa dedicado a discutir “a integridade do corpo”, um especialista em revenda que viaja pelo mundo em sua cadeira de rodas teceu este poderoso comentário:
- Não sinta pena por mim. Estou mais próximo ao centro do universo do que qualquer um de coves. A vida não órbita o corpo há muito, muito tempo.
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A meditação é a runinação incessante do imagético.
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Vários especialistas do Next Group já relataram que a clonagem de um ser humano já foi realizada, mas com resultados infelizes, e mantida em segredo. (...) No mundo inteiro tenta-se realizar a clonagem humana.. (...) A maioria dos projetos é conduzida por indivíduos com missões pessoais, convictos do direito do homem em criar o homem.
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A realidade imagética precede a realidade física. Defrontamo-nos com a obrigação de fazer escolhas muito perturbadoras: Queremos descobrir se estamos fadaos a uma doença? Queremos que essa realidade imagética seja revelada, para nós mesmos ou para a sociedade em geral? Porque para os planos de saúde, um beneficiário que pode desenvolver uma condição clinica é virtualmente um beneficiário que já está doente.
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Qual é o seu perfil imagético?
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A mudança da realidade física para a imagética é uma experiência desestabilizadora.
É estimulo demais, e não dá para pressenti-lo! Muita coisa para lidarmos, e não conseguimos controlá-las!
Uma pesquisa realizada em 200 concluiu que o mundo produz atualmente dois exabytes de informaçcao nova e singular por ano (um exabyte é um bilhão de gigabyters, ou 1018 bytes, um volume tão grande que exibiu um novo termo). E não se traata de um conjunto usual, pois não é possível fazer backup disso. Esses dados não são repetições de outros dados, são coisa nova.
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Sentimo-nos fora de forma e ansiosos, num mundo onde o eu e o não eu deixaram de ser uma constante, onde marcos antes duráveis estão desmoronando, roubando-nos o conforto dos limites sólidos e dos pontos de referencia estáveis.
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A realidade se reconfigura a cada sete segundos. “Corra!” (...) “Visão! Antecipe-se à curva!” As condições atuais são efervescentes.
Passou a ser mais importante proteger-se da novidade do que deixar-se seduzir por ela.
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80% dos nossos gastos médicos atuais são relacionados ao estresse.
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Novos desafios tomaram conta de nossas vidas mais rápido do que nossa capacidade de desenvolver e assimilar novas estratégias para enfrentá-los.
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Nosso progresso tenologico estáq sobrepujando a capacidade inata de nos acomodarmos como espécie a um meio ambiente em transformação porque o próprio conceito de “nosso meio ambiente” mudou, exigindo de nós habilidades, técnicas de adaptação e formas de ser novas, numa realidade total e constantemente reconfigurada.
“Lute!”, nossa químicas primitivas nos ordenam, mas com quem lutaremos quando o estressor é imagético?
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Segundo a OMS os distúrbios neuropsíquicos são responsáveis por 31% das incapacidades no mundo. Hoje 450 milhões de pessoas são portadoras de uma disfunção mental ou neurológica.
Cerca de 10% dos americanos têm um nível de disfunção mental que os prejudica funcionalmente: não conseguem progredir na vida. Estima-se que 20% das crianças sejam portadoras de disfunções mentais com pelo menos um leve prejuízo funcional.
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A OMS declarou que a doença mental é universalmente o
principal problema de saúde das mulheres. Cento e vinte milhões de pessoas no
mundo inteiro sofrem de depressão. Todos os anos 1 milhao
de pessoas se matam, outros
“A Inglaterra está à beira de um ataque de nervos com mais de 2,5 milhões de pessoas, quase um em dez adultos, incapazes de enfrentar a vida cada vez mais agitada.”
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“Se você desse entrada por engano numa instituicaomental, acredita que seria liberado?”
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Quero enfatizar que quando digo que o ser humano está se tornando imagético, não quero dizer que o ser humano está se tornando imortal e que não precisa mais preocupar-se com as ameaças físicas. Quero dizer apenas que, para a maioria das pessoas, a nossa sensação mais imediata de ameaça, a maior parte do tempo, vem do ataque ao estado de espírito (quantas vezes hoje?) e não à integridade do corpo (mesma pergunta).
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Segundo as estatísticas, não morremos mais pela espada,pedra, cerco, praga ouanimais selvagens, ou até mesmo pelas epidemias de gripe. Segundo elas, morremos de doenças degenerativas da velhice.
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Mas e, breve (se já não é assim) as taxas de longevidade mais importantes para nós não serão baseadas nos anos de vida e sim nos de lucidez mental.
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Cada vez acendemos mais velas. A venda e o uso de velas crescem tão rapidamente que os bombeiros estão organizando por todo o país campanhas de segurança para velas.
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Estado de “O” – uma
espécie de transcendência, espiritual ou não. Também conhecida por: alfa,
nirvana ou bem-estar. É a consumação de nossa vida imagética, a experiência que
nos faz sentir bem, vivos e saudáveis. É nossa capacidade de sobreviver e
prosperar mentalmente, o reverso do estresse psíquico tóxico, o contrário de
perder a sanidade. É uma abreviatura para “estado Otimizado da mente”.
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O anti-“O” do
computador.
“Adoro ser enfermeira, mas não consigo. Não tenho mais como me dedicar aos pacientes porque passo o tempo todo escrevendo e colocando as informações no computador. O que você faria se um paciente tocasse a campainha, dissesse que está com medo e lhe pedisse para ficar ao lado dele segurando-lhe a mão? Tente fazer isso e entrar com este dado no computador. Larguei a profissão. Agora sou faxineira.”
O “O” da velocidade
“Quando corro sou minha igreja, estou em harmonia com Deus.”
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O anti-“O” da falta de estímulo
“Por volta das quize para as quatro da tarde o telefone toca pela décima milésima vez. Tolero as primeiras nove mil, novecentos e noventa e nove. Mas esta última me faz pensar que não vou conseguir continuar. E ainda falta uma hora e quize minutos para eu ir para casa e preparar um macarrão com queijo.”
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O anti-“O” da insônia
“As notícias estão proibidas. É parte do plano. Nenhuma notícia, nenhuma conversa séria depois das nove da noite. Há anos que nenhum dos dois dorme. Rolamos na cama e conversamos sobre nossos pais, filhos, contas, o Oriente Médio e os hambúrgueres com a doença da vaca louca – qualquer que seja a tragédia que a tv esteja apresentando. Não dá para se concentrar em tudo, foi o que o médico me disse. Esqueça essa coisa toda. Simplesmente esqueça. Durma um pouco.”
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Vamos chegar a um ponto em que aquilo que será valorizado na nossa cultura não será medido pelos atributos físicos, pelo dinheiro ou pela imagem, mas por uma analise custo/beneficio com relação ao nosso estado mental.
Até 80% das pessoas que usam antidepressivos (Prozac, Zoloft, Pacil, Luvos e outros) experimentam uma disfunção sexual como principal efeito colateral. (...) Essas pessoas fazem uma escolha consciente pelo prazer do bem-estar mental em detrimento do prazer sexual.
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A visão da condição humana que recebemos através da mediação imagética (a mídia) é traumática. Estamos prisioneiros. Parece que não há um responsável – estamos órfãos de pai – e que ninguém se preocupa – estamos órfãos de mãe. Tudo é local, tudo é fundamental.
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A cura começa com o sofrimento da perda.
Estágios de luto: negação, raiva, negociação e depressão precisam acontecer antes da aceitação.
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Nos Estados Unidos, 90% das pessoas que trabalham em escritório admitem fugir navegando durante as horas de trabalho. Ma Inglaterra, quase metade desses funcionários admite passar mais de 3 horas por semana no local de trabalho navegando na Internet “para uso pessoal”.
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(...) não compreendo minha taxa de colesterosl; tenho 3 caixas de cabos de áudio/vídeo/computador que temo jogar fora (para que eles servem, afinal?)...
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Vamos voltar à vida de facas, de precipícios e de nudez! Vamos simplificar nossos medos!
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A direção agressiva é atualmente a mais comum. Não se restringe apenas a uns poucos malucos, é a subcultura da direção.
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O terceiro estágio
feminismo: “Ai, meu Deus! Eu me transformei no homem com quem queria me casar!”
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A pornografia substituiu as novelas como o passatempo favorito dos estudantes de faculdade. Sites de “ódio” tornaram-se uma ameaça tão séria que orgs ativistas dos direito s humanos reivindicaram providências urgentes aos governos e às Nações Unidas.
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O crescimento da espiritualidade na nossa cultura é
inquestionável. Pesquisas da Gallup mostram que 91% dos americanos dizem
acreditar
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O comportamento espiritual é uma deflagração ampla do “pensamento mágico” como uma variedade de distúrbio cognitivo. O texto clássico de Kaplan e Sadock nesse campo, Synopsis of Psychiatry (Sinopse da psiquiatria), define o pensamento mágico cmo um dos sinais e sintomas típicos de doença mental. É uma forma de pensamento autista – isto é, que “não está de acordo com a lógica ou a experiência” em que pensamentos, palavras ou ações assumem o poder de modificar eventos.
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A história do Povo da Escuridão: Depois de gerações, uma diz: “Não existe nada na vida além deste buraco fundo e escuro. A entrega diária das cestas é a natureza fazendo sua parte. Vocês mais velhos acreditam que existe um mundo lá em cima porque são ingênuos.”
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Sabemos que estamos um pouco loucos e não temos certeza completa do motivo, mas sabemos que desejamos que isso pare... agora!
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“O mundo está sufocando você? A sua cabeça parece pequena para conter seus pensamentos? Basta aplicar duas gotas da loção para a mente da Origin”, dizem as instruções no rótulo.
Mas não se engane: as mulheres que compram esse produto não são estúpidas. Elas não começam a acreditar que o Peace of Mind Lhes proporciona paz de espírito. Mas elas se sentem gratas à linha Origins por reconhecer identificar seu problema e tentar tratá-lo, e por causa disso fizerem do Peace of Mind o produto mais sólido da linha.
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Os especialistas em desordens do sistema nervoso central sonham com um mundo no qual o alivio dos ataques de pânico esteja num spray. Assim, em breve nossos estados de espírito talvez possam ser manipulados por uma variedade de borrifadores nasais.
A teoria tem seus adeptos e detratores, mas ninguém nega que é possível alterar o estado de espírito de uma pessoa através de seu nariz. Os cheiros são, de longe, a forma mais rápida de alterar o humor de uma pessoa. Isso ocorre porque o lóbulo olfativo é a parte do cérebro que governa as emoções.
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A Arizona Beverage Company cobre todos os tipos de humor com o RX Extreme Energy Guel, uma benida anunciada como “combustível de foguete para a mente e o corpo”, e embalada numa garrafa, decididamente fálica, em forma de “foguete”.
- Na maior parte do tempo, não gosto do interior da minha própria cabeça – disse um de nossos pareceristas. – As drogas me dão a capacidade de tirar uma folga da minha cabeça habitual.
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O numero de pessoas que está experimentaqndo viagens imagéticas é cada vez maor. Os adeptos da pratica deizem que a popularidade das viagens xamanistas criou um novo problema em seu universo. Não é mais o numero de descrentes que os incomoda, mas a carência de um numero sufidiente de praticantes autenticamente treinados para responder à demanda dos novos crentes.
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A atenção começou a se mover da cura de doenças para a alteração de estados. Transformando não paenas nossos estados mentais, mas também a forma como nos sentimos por dentro. As “doenças” para as quais a Big Pharma agora está voltando sua atenção são, para todas as intenções e propósitos, doenças imagéticas (ou seja, que existem com mais força em nossas mentes).
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Já se estima que 30 milhões de dólares sejam investidos anualmente no desenvolvimento de novas drogas do “verdadeiro eu”. (...) o maior aumento em gastos com remédios não está entre os mais velhos, como se poderia esperar, mas entre os mais jovens, que estão investindo pesadamente nessas novas drogas de alteração de estado, e demonstrando apetite por mais.
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Nosso apetite pelo fortalecimento de um a espiritualidade extática´é eloquentemente expressado em nossas escolhas de trilhas espirituais. Enquanto a participação na “religiao organizda normativa” – as igrejas e templos de nossas infâncias – está em baixa, a participação nas espiritualidades dos “estados alterados” está em alta.
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Nós nos voltamos para a espiritualidade e começamos a acalmar nossas mentes atormentadas com meditação, com Zen, com pensamentos da Nova Era e celebrações de abundancia simples, com excuroes para a meditação budista e outros misticismos da antia Ásia, (...)
Nossa busca pelas recompensas espirituais se tornou agressivamente física. Procuramos não a tranqüilidade, mas o estimulo sensorial para alcançar a iluminação, elevar nosso estado de espírito e usurpar para nós mesmos uma fatia do poder invisível. (...) Em vez de procurarmos pelo estado alterado do silencio, buscamos a elevação do frenesi. Ao invés de buscarmos a paz, ansiamos pelo ritmo.
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Nossa nova realidade imagética é tão embasbacante para nós quanto o mundo físico original era para o homem primitivo – e reagimos da mesma forma. Pintamos os rostos, tocamos nossos tambores e dançamos.
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A terceira estratégia
de sobrevivência mais poderosa no século XXI é a necessidade de desenvolver
relações humanas mais fortes e mais humanas.
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A última novidade, a grande novidade, nesta época de obsessão por pertencer, é o apelo de pertencer a um grupo de pessoas muito especial, diferentes de você.
A forma definitiva de filiação é pertencer a um grupo para o qual você realmente não se qualifica.
201
Homens aspirando a ser mulheres e vice-versa, é um fenômeno conhecido como correção do erro externo. É uma questão que resume uma importante questão nova num mundo cada vez mais não-fisico: o que é gênero sexual hoje. Uma condição física irreversível ou uma realidade interior?
202
Maquiagem diz mais respeito a interpretar papeis do que a ficar com uma aparência melhor, e o papel que a pessoa escolhe interpretar tem cada vez menos relação com seu sexo.
204
Não é necessário ter seios e estrogênio para ser nutridor; não é necessário ter pênis e testosterona para ser poderoso.
A procriação física irá se tornar, cada vez mais, uma questão à parte. A união será uma questão de obter a melhor aliança possível para evoluir, não física, mas psicologicamente.
207
Apotemofilia – é o desejo que um individuo tem por ser
um amputado.
Existe até uma categoria derivada, os “impostores”, pessoas que não são deficientes mas que vivem publicamente com o auxilio de muletas e cadeiras de rodas.
- Eu sei quem sou – diz um dos candidatos à amputação. – Sou uma pessoa sem pernas.
209
Qual realidade tem precedência? A realidade subjetiva que existe dentro da cabeça da pessoa, ou a realidade objetiva que existe num reino físico que perde sua importância a cada dia que passa?
210
“Publico, logo
existo.”
211
- Vinte anos atrás, tive dificuldades em colocar minhas idéias nos meios de comunicação. Hoje, eu sou o meio de comunicação.
214
O software Freedom permite ao usuário estabelecer um numero ilimitado de personalidades não-rastreaveis: visitar paginas da Internet, brincar com jogos on-line, enviar e-mails, participar de grupos de debates, sem revelar sua verdadeira identidade ou deixar uma pegada virtual. A tecnologia digitalme da Novell permite aos usuários “revelarem” identidades digitasi diferentes para companhias on-line, pessoas, e presumivelmente outros fantasmas, através de um sistema especial de codificação.
215
Um flame é um insulto quente e furioso.
Nada jamais é realmente
removido da rede.
220
Lei de Moore (Gordon Moore, co-fundador da Intel) prognosticou em 1965 que o poder dos microprocessadores iria duplicar a cada 18 meses e sua profecia se mantém neste novo século.
228
Onde estão as direções, os marcos, os guias, para este novo mundo imagético? Lá existe um lá? Onde exatamente estamos indo quando viajamos por telefone, pela internet, por sinais de satélite, ou no vôos de nossa imaginação?
231
O culto do intercessor começa quando uma pessoa deixa de comentar “Uau, veja só o que posso fazer agora!” e passa a dizer, “Por favor, estou sobrecarregado, deixe outra pessoa fazer isso.” E assim foi criada a categoria dos “agentes pessoais”....
Conselheiros espirituais pessoais, consultores de estilo pessoais, organizadores pessoais, nutricionistas pessoais, instrutores de dicção pessoais... cada vez aumenta mais no numero de profissionais especializados em cuidar de nossas preocupações pessoais.
Lês Concierges, um serviço
particular baseado
232
As companhias norte-americanas gastarão em 2002 126 bilhoes em professores de computação, gurus de servico de informação, “gerentes de conhecimento” e “Web Masters”.
234
A controvérsia mais quente sobre o comercio de inteligência artificial diz respeito a um agente que reuni estranhos que possuem interesses semelhantes, tendo por base escaneamento de arquivos pessoais etc. (...) Consideracoes de privacidade à parte, nós no The Next Group estamos ouvindo muitos comentários positivos da parte dos consumidores desse serviço.
236
Conte-nos uma história! Emocione a gente! Seduza-nos com uma narrativa que fará tudo parecer melhor.
“Virtualmente todos os mitos podem ser reduzidos ao mesmo padrão consistente: identificar uma preocupação existencial crucial; enquadrá-la como um par de opostos incompatíveis; e então encontrar uma resolução que aliviará a ansiedade e permitirá a todos nós vivermos mais felizes no mundo.
237
Estamos famintos por novos Homeros: por alguém que nos pegue pela mão e nos conduza através de uma paisagem imagética, iluminando nossas vidas complicadas.
O que acontecerá se novas gerações dejovens decidirem que preferem simulações de experiências à realidade? (Os realizadores de filmes e jogos insistem que isso já aconteceu.)
240
O yodaísmo
é a expressão definitiva do desejo de encontrar um caminho desobstruído através
da selva. Ansiamos por um poder sobre-humano para nos mostrar o caminho,
explicar tudo a nós, contar-nos o que devemos fazer e o que desejamos
realmente.
O novo desejo fundamental está nos instigando a adentrar este território estarrecedor, porque as entidades – pessoas e emrpesas – que preencherem com mais sucesso o papel de Mestre Yoda regerãoo futuro. (...) A vida é simplesmente complicada demais, avançada demais, arriscada demais, difícil demais, para ser enfrentada sem ajuda. Sem umYoda. (...) Hoje em dia, nossa busca nova e urgente por orientação divina começa onde compramos. Marcas não são mais apenas marcas.
241
O yodaísmo induz à submissão. È por causa disso que ele é tão inquietante – particulamente para pessoas criadas numa atmosfera favorável ao individualismo. O yodaísmo ocasionalmente nos conduz a um território perturbadoramente totalitário. Elel pode ser tão perigoso – ou tão abençoadamente curativo – quanto é poderoso.
243
Oprah Winfrey é, sob muitos aspectos, a mãe de todos os odas contemporâneos. Ela se tornou, para as mulheres norte-americanas, a Yoda da auto-ajuda, entretenimento e aconselamento.
246
No modelo de um
mercado regido por Yodas, a cultura do desejo será
governada não pela proliferação da escolha, mas pela redução da escolha, um
conceito que, como a realidade das nossas próprias mortes pessoais, é a um só
tempo inimaginável e absolutamente inevitável.
251
O quid pro quo (tomar uma coisa por outra) baseado emprzaer pode ser expressado da seguinte forma: “Vou entreter vocês com Milton Berle e Dinah Shore se ouvirem meu comercial e adorarem o meu produto, de modo que eu tehha condições de entrete-los mais.”
252
O marketing de gerar enlouquecimento em breve simplesmente deixará de funcionar.
253
De todos os desafios que as empresas no ramo da persuasão estão enfrentando hoje, o mario é a oferta excessiva. Há muita coisa de muita coisa. (...) Como você atrai a atenção de um ser humano que está, com todo direito, na iminência de um colapso nervoso, e que, ao menos em sua mete, cobre a cabeça com um lençol para não ver você? Como você se trona merecedor da atenção desse ser humano? (...) Entretanto, se o seu produto ou serviço é apenas mais uma escolha numa miríade de coisas essencialmente iguais e não diferenciadas, quais são as suas chances de atrair a atenção desse consumidor?
254
Quando fazem suas decisões de compras, os consumidores só se preocupam com três coisas:
O consumidor espera por um nível elevado de excelência funcional. (...) “Certo, então você é o melhor produto em sua categoria. O que mais?”
255
Meus problemas reais hoje não dizem respeito a produtos. Eles dizem respeito à vida.
Não importa o que você estiver oferecendo a outro ser humano – um produto, um serviço, um candidato político, um plano, uma questão de interesse publico, uma visão do divino, você próprio -, só será bem-sucedido se satisfizer tanto a agenda funcional imediata quanto a necessidade onipotente por resgate, prazer, e elevação da maltratada psique humano.
260
Quem pode culpar um entrevistado que dá à moça com a prancheta na mão a resposta “certa’. Quem pode culpar o conumidor por qualquer coisa que ele faça? O resultado de qualquer metodologia de estudo de consumo tradicional depende da postura individual dos entrevistados.
267
Na tecnologia os consumidores pagantes estão procurando não por novos milgres tecnológicos, mas por simplificações de milagres tecnológicos: uma nova tecnologia que facilita a tecnologia, ou uma nova tecnologia que nos resgata da tecnologia. (...) o verdadeiro beneficio dos computadores em nossas vidas será nos regatar dos danos quel eles nos causaram: proteger-nos de todas as informações e estímulos que a era do computador gerou: funcionar como uma espécie de dispositivo de filtragem enter nós e as coisas.
266
Novos modelos para o arketing:
O modelo de marca Yoda
criará uma nova entidade comercial no mercado
- a Corporação Yoda – não produtores de produtos, mas criadores de
administradores de propriedades imagéticas que se tornarão os novos detentores
de poder no mercado.
“A convicção é apenas um luxo para quem observa.” Personagem do filme “Uma mente brilhante”.
280
Diretrizes
do The Human Desired Project: