EXTRATO DE: IMPUTS - SUPLEMENTO DO CLUBE DOS
EXECUTIVOS DE MARKETING
TÍTULO DO
ORIGINAL:
AUTOR: Frederick F.
Reichheld, diretor da Bain
& Company
EDITADO EM: POR:
A perda de
consumidores é o índice mais iluminador em um negócio. Primeiro, é o sinal mais
claro possível de que os clientes estão vendo uma tendência de deterioração dos
valores da empresa. Segundo, uma taxa de perda crescente é um prognóstico
certeiro de diminuição de fluxo de caixa do cliente para a em - mesmo que a
empresa reponha os clientes perdidos - pois adquirir novos clientes custa
dinheiro e clientes antigos geram maior fluxo de caixa e lucro que clientes
novos.
Por
quê as empresas não
aprendem com a perda de clientes?
1. porque elas não se alarmam com a perda de
clientes ou se alarmam tarde demais;
2. porque é desagradável analisar fracassos,
em algumas empresas é até perigoso;
3. é difícil definir perda de clientes
4. porque às vezes é mesmo difícil definir
"cliente".
5. é extremamente difícil descobrir a causa
real da perda de um cliente e extrair lições adequadas;
6. fazer com que as pessoas certas aprendem
com essas lições e então se comprometam a agir de acordo é um desafio
7. É difícil conceber e montar os mecanismos
que transformam a analise de perda de clientes em um sistema estratégico
contínuo, supervisionado de perto por altos executivos e
prontamente sensível a mudanças.
Clientes antigos
compram mais, ocupam menos o tempo da empresa, são menos sensíveis a preço,
trazem novos clientes e, melhor de tudo, não têm custo de aquisição e
iniciação.
O
presidentes de empresas
raramente estudam a única estatística que reflete quanto valor real a empresa
está criando, a única estatística com poderes de previsão: retenção de
clientes.
Ex-clientes -
pessoas convencidas por experiência própria que a empresa oferece valor
inferior - superarão em número os advogados leais da empresa e dominarão a
opinião pública. Quando chega este momento, não há propaganda, relações
públicas ou marketing inventivo que sustente preços, aquisição de novos
clientes ou a reputação da empresa.
Os clientes
perdidos são sempre os primeiros a saber quando a
proposição de valor de uma empresa está indo a pique frente à concorrência.
A atividade de
benchmarking se tornou uma procura febril por custos mais baixos, maiores
volumes e crescimento rápido no pais ou no mundo.
Entretanto, a busca
por esta pratica tem criado muito menos valor do que se espera e os estudiosos
do sistema podem nos dizer por quê: (...)Mesmo que se
pudesse identificar os elos mais críticos, sua importância relativa mudaria de
acordo com as mudanças do mundo só seu redor.
Quando um avião
cai, investigadores recuperam a a
caixa-preta e gastam o que for preciso para descobrir o que deu errado. O
resultado é que, em um ambiente imensamente complexo e extremamente perigoso,
acidentes se tornaram fatos raros.
Albert Einstein disse:
"Inverta, sempre inverta, em matemática e física e é uma ótima idéia para
os negócios também. Comece com as falhas
e então planeje sua remoção."
Psicologicamente e
culturalmente é difícil e às vezes ameaçador, olhar o fracasso muito de perto.
A maneira mais
pratica de começar é reponder a três questões que se
sobrepõem.
1. quais os clientes que são mais rentáveis?
2. quais os clientes que dão mais valor ao
que você oferece?
3. quais de seus clientes valem mais para
você que para a concorrência?
Clientes que valem
mais para um concorrente fatalmente serão perdidos.
Mas as empresas que
atingiram excelência em lealdade de clientes descobriram que devem concentrar
seus esforços naquele subconjunto de clientes a quem podem entregar valor
superior constantemente.
Concentre seus
esforços nos 20% de problemas responsáveis por 80% dos defeitos.
Se as discussões de
grupo têm um papel, este deve ser o de produzir soluções em brainstorms
para causas básicas específicas, uma vez que tenham sido designadas por terem
prioridade para clientes principais.
A maioria das
pessoas não aprecia a idéia de telefonar para estranhos, muito menos para
estranhos que ficaram infelizes com o valor que receberam e você terá de
superar esta relutância com liderança, competição entre colegas e, se
necessário, coerção.
O sistema é baseado
no lucro potencial de todo o wallet do cliente, não simplesmente na parcela
atual agasta com a empresa. [sistema usado por operadoras de cartão de crédito]
A única maneira de
determinar o share of
wallet é conduzir um levantamento com os clientes de sua empresa e do
concorrente.
Infelizmente,
aprendizado útil não é diretamente relacionado à quantidade de informações
disponíveis. Aprendizado útil é, ao contrario, uma questão de fornecer a
informação certa às pessoas certas e dar-lhes boas razões para quererem utiliza-la.
Freqüentemente, a barreira mais importante
para aprender com perdas é que os funcionários não conseguem ver como isso se
relaciona a seu próprio sucesso.
A Lexus pede a cada membro do staff da matriz para
entrevistar quatro clientes por mês. A MBNA, a gigante dos cartões de crédito,
pede a cada executivo para ouvir as ligações da área de atendimento ao cliente
ou as das unidades de recuperação de clientes.
A chave para obter
a lealdade de cliente é a criação de valor. E a chave para a criação de valor é
o aprendizado organizacional. E a chave para o aprendizado organizacional é
compreender o valor da falha.
A perda de clientes
é uma unidade de erro que contém quase todas as informações que uma empresa
necessita para competir, lucrar e crescer.