EXTRATO DE: DEFENDENDO O INDEFENSÁVEL
Autor: Walter Block
(1941-...)
Ed. Instituto Mises
Brasil - .../2010/2022
O mercado é como o fogo
ou uma espingarda, uma faca, uma máquina de escrever: um meio esplendidamente
eficiente, tanto para os bons quanto para os maus propósitos. Através da livre
iniciativa somos capazes de praticar atos virtuosos, mas também seu oposto.
Se o Libertarianismo
proclama a punição de avanços ou invasões de limites sem uma provocação que
lhes corresponda, então é crucial saber onde termina seu punho e onde começa
meu queixo.
Se constituem uma
agressão não provocada, a posição libertária defende o uso de força para
detê-las; não por serem uma depravação, mas por violarem o primeiro e único axioma libertário: não agressão contra não agressores.
O teme básico (...) do
Libertarianismo é que todo comportamento não agressivo deveria ser legal; as
pessoas e sua propriedade privada legitimamente possuída deveriam ser
sacrossantas. Isso não significa que atos não agressivos, como o tráfico de
drogas, a prostituição etc., sejam atividades boas, positivas, morais. (...)
Significa, apenas, que as forças da lei e da ordem não deveriam encarcerar
pessoas por se dedicarem a elas.
Se um “circulo baixo no
inferno” está reservado aos fracos demais para resistirem a atividades imorais
e a sua prática, um círculo ainda mais abaixo deveria ser reservado para
aqueles que não só as praticam, como também se gabam disso e encorajam
ativamente outros a fazê-lo.
Se uma tradição
sobrevive, é por ter algum valor positivo, mesmo que não possamos percebê-lo.
(...) A tradição é apenas uma conjectura, não um deus a ser cultuado.
[Quando ele trata da
prostituição, em minha opinião, ele comete um deslize utópico quando diz que]
Este mundo seria muito, muitíssimo melhor, se ninguém se dedicasse à prostituição,
não por haverem sansões legais contra ela, e sim porque as pessoas não
desejassem se degradar a si próprias e, com isso, também a sociedade.
[E prossegue
escorregando num moralismo boboca quando diz que] a vida é preciosa. Mas, para
tanto, precisa ser vivida. As drogas, o alcoolismo etc., são formas de se
retirar da vida. Como também podemos abreviar nossa vida, explicitamente, ao
nos engajarmos nessa forma implícita de suicídio.
A PROSTITUTA
O anseio pela proibição
da prostituição origina-se de “terceiros” não diretamente envolvidos ns
transações. Suas razões variam de grupo para grupo, de área para área e de ano
em ano. O que eles possuem em comum é o fato de serem partes estranhas ao
negócio. Não têm interesses nem participação no assunto e deveriam ser
ignorados. Permitir que decidam sobre esse assunto é tão absurdo quanto
permitir que um estranho decida sobre a transação entre o leiteiro e o padeiro.
Porque a prostituição
não foi legalizada? Embora os argumentos contra sua legalização não tenham
mérito. Jamais foram claramente contestados como falsos pela comunidade
intelectual.
Uma abordagem para
combater a atitude de que pagar por sexo é degradante seria mostrar que estamos
sempre pagando por sexo – todos nós, o tempo todo – e, por isso, não devemos
ser capciosos a respeito dos acertos entre uma prostituta profissional e um
cliente.
Muitos modelos de
relacionamento livres correspondem claramente ao modelo de prostituição.
As leis contra a
prostituição interferem em um comércio entre adultos que mutuamente nele
consentem. Elas são prejudiciais à mulher, na medida em que a impedem de ganhar
a vida honestamente.
Quando o Estado
discrimina, o faz com recursos tirados de seus cidadãos e em nome de todos.
CAFETÃO
Alguns cafetões usam de
coerção e ameaças de violência para recrutar e manter prostitutas em suas
folhas de pagamento. (...) Mas existe alguma profissão em que não haja um
profissional sequer que não seja culpado de mau procedimento?
A função do cafetão é a
de um corretor.
Não existe alguém que,
automaticamente, perca alguma coisa quando uma mulher é assediada de alguma
forma.
ATOS NÃO COERCITIVOS PRATICADOS CONTRA A MULHER
Liberdade de expressão
significa que as pessoas têm o direito de dizer o que quiserem, mesmo se o que
dizem é repreensível ou grosseiro.
[Se o Estado obrigar por
lei que as mulheres ganhem o mesmo salário que os homens, a consequência
imediata e direta será a de os empregadores só contratarem homens, dado que a
produtividade deles é maior, pois não engravidam, não têm TPM etc.]
LEIS QUE OBRIGAM A NÃO DISCRIMINAÇÃO
Se os problemas com essa
filosofia não estão bastante aparentes, podemos torna-los, ao considerarmos
vários reductio ad absurdum. (...)
seriam considerados “discriminatórios”, por exemplo, os banheiros serparados
para homens e mulheres nos locais “públicos”? Eas alas residenciais para
homens? E os homossexuais masculinos? Eles poderiam ser acusados de
“discriminação” contra as mulheres. E as mulheres que se casam com homens, não
estão discriminando outras mulheres?
Discriminação:
selecionar e escolher. Não existe sequer uma ação praticada por seres humanos
que não esteja de acordo com essa definição.
A mulher que se recusa a
sair com um o não é culpada de violar os direitos deste, pois seus direitos não
incluem um relacionamento com ela. (...) Da mesma forma, um homem que queira beber
em companhia de outros homens não é culpado de violar os direitos das mulheres.
(...) Só numa sociedade de escravos é que isso é assim.
DROGAS
É a proibição que
drasticamente força a alta do preço e conduz o viciado a uma vida de crime e
brutalidade que pode acabar com sua própria morte ou a de suas vítimas.
Consideremos o pequeno mas significativo número de médicos que, tendo acesso à
heroína, se tornam viciados. O preço não fica proibitivo, uma vez que seu
suprimento da droga não é ilegal. Eles levam uma vida “normal, útil, cumprindo
suas atividades” com essa única diferença. Economicamente falando, suas vidas
não seriam muito diferentes, se, em vez de viciados em heroína, fossem diabéticos
e dependentes da insulina.
A função do vendedor de
heroína é manter o preço da droga baixo. Cada vez que [alguns vendedores são
presos, o preço sobe].
A atual proibição
da heroína não elimina o acesso à droga.
Antigamente, só era conseguida nos guetos dentro da cidade; hoje em dia, pode
ser comprada em esquinas de ruas movimentadas dos subúrbios e nos pátios das
escolas.
Os esforços para tornar
públicos os males do vício só podem ser aplaudidos. No entanto, a atual
proibição da heroína e de outras drogas “pesadas” não serve a qualquer
propósito útil.
Através da longa
história da humanidade, a opinião da maioria tem estado quase sempre errada.
A melhor forma de se
ensinar as verdades da vida, segunto John Stuar Mill, é ouvindo a oposição.
[O vício abreviar a vida
não é justificativa] para a proibição do consumo de drogas, porque depende do
indivíduo determinar que tipo de vida ele quer levar – se uma vida curta,
incluindo o que considera atividades prazerosas, ou uma vida longa, sem esses
prazeres.
Por que deveria a
restrição se aplicar às pessoas que não são prejudicadas pelo consumo de droga?
[E o fato do consumo,
eventualmente, afetar o desempenho profissional também não é argumento, pois muitas
outras coisas também têm consequências similares.]
Problemas especiais
sempre acompanham interesses especiais; os violinistas vivem com medo de
machucar os dedos, e as bailarinas não podem se dar ao luxo de quebrar os dedos
das pessoas. (...) Se o consumo for legalizado, não poderá, possivelmente,
ferir qualquer outro que não o que consome a droga. (...) proibir é uma
violação clara dos direitos dos que querem usá-las.
A única diferença entre
o fofoqueiro e o chantagista é que, por um preço, o chantagista se abstém de
falar.
A chantagem pode ser
definida sem referencia a qualquer dos dois (oferte de silencio em troca de
dinheiro). Definida e termos gerais chantagem é a ameaça de se fazer alg0 –
qualquer coisa – (o que não é em si, ilegal), a não ser que certas exigências
sejam atendidas.
Muitos atos na arena
puublica caracterizam atos de chantagem, mas, em vez de serem vilipendiados,
não raro seus autores chega a ganharr respeitabilidade!
Nenhum indivíduo tem o direito de cometer violência
agressiva contra outro. Na chantagem, entretanto, o que se “ameaça fazer” é
algo que o chantagista tem todo o direito de fazer! – quer seja o direito de
livre expressão, ou recusar-se a comprar em certas lojas, ou persuadir outros a
fazê-lo.
Além de ser uma atividade
legitima, a chantagem tem alguns bons efeitos, não importando a ladainha que
contra ela possa ser feita. Afora algumas vítimas innocentes que são apanhadas
na rede, de quem o chantagista geralmente pode extorquir? Há dois grupos
principais. Um é comporto de criminosos: assassinos, ladrões, caloteiros,
estelionatários, trapaceiros, estupradores etc. O outro grupo consiste de
pessoas que participam de atividades não ilegítimas em si próprias, mas que
contrariam os hábitos e costumes da maioria: homossexuais, sadomasoquistas,
pervertidos sexuais, comunistas, adúlteros etc.
[E as gorjetas, são
chantagens?]
A legalização da
chantagem seria, sem dúvida, um fator de contenção ainda mais efetivo.
O CALUNIADOR E O
DIFAMADOSR
É
fácil ser um advogado da livre expressão, quando ela se aplica aos direitos
daqueles com quem estamos de acordo. Mas o teste crucial refere-se ao discuro
controverso – declarações que podemos considerar viviosas e sórdidas.
(...) os libertários
civis têm se preocupado em proteger zaqueles que tiveram suas reputacoes
destruídas, como se isso fosse, por si próprio, imperdoavel.
Mas o que é a “reputação”
de uma pessoa? Que coisa é essa que não pode ser “tratada com leviandade”?
(...) A reputação de uma pessoa é o que os outros pensam dela; consiste dos
pensamentos “que outras pessoas têm a seu respeito”.
[a reputação seria,
então, possuir o pensamento dos outros!!!]
Se a difamação e a
calúnia fossem permitidas, o público não sesria tão facilmente enganado.
O público logo
aprenderia a considerar e avaliar as afirmações dos difamadores e caluniadores
– se a estes últimos fossem dadas rédeas soltas.
O QUE NEGA LIBERDADE
ACADÊMICA
A “liberdade acadêmica|”
proíbe o empregador de demitir o professor, contanto que este ensine a matéria,
não importando o quão discutível seja sua prática docente.
A “liberdade do
motorista de táxi” garantiria aos motoristas o direito de irem aonde quisessem,
independentemente de para onde os clientes que os estivessem pagando quisessem
ser levados.
A diferença que se diz
existir entre essas vocações e a acadêmica é que a acadêmica exige livre
investigação, direitos irretriros de expressão e o direito de seguir ideias,
aonde quer que elas levem.
Havendo aceitação do
argumento elitista de que às profissões “intelectuais” deve ser atriguída uma
liberdade inadequada a outras profissões, como ficariam outras que se
qualificam como “intelectuais”? E a “liberdade médica” para os médicos, a
“liberdade jurídica” para os advogados, a “liberdade artística” para os artistas
etc.? A “liberdade médica” poderia dar
aos médicos o direito de fazerem cirurgias quer os pacientes aprovassem ou não.
(...) Estremecemos com a possibilidade de essas liberdades serem concedidas a
químicos, advogados ou políticos.
O PUBLICITÁRIO
Acreditar que possa
haver apressentacao da informação sem motivação é a maior tolice.
Se o custo do anuuncio
do tapete é de 100,00, o cliente tem a opção de escolher entre a marca
anunciada, por 1.100,00, e uma marca não anunciada (que, presumivelmente, ele
possa encontrar, se procurar o tempo necessário), por 1.000,00.
Oss órgãos do governo
tendem a regulamentar mais a favor da atividade produtiva do que da massa de
consumidores.
O argumento empregado
por aqueles que querem a regulamentação governamental contém uma contradição.
Por umlado, eles afirmam que pos americanos são irremediavelmente ingênuos.
Devem ser protegidos, porque, se entregues à própria sorte, se tonam vítimas.
Pode-se faze-los pensarem, por exemplo, que, se usarem certa marca de loção
pos-barba, vão acabar ficando com a garota do anúncio. Por outro lado, o
argumento pressupõe que os simplórios são espertos o basgtante para escolher
líderes políticos capazes de regulamentar essas sereias. Issso é impossível.
Quando o consummer
report afirma que os Flocos Ailch são os melhores flocos para se comprar, está,
necessariamente, motivando as pessoas a “comprarem os Zilch” em detrimento dos
outros. Ele não pode fornecer informação sem fornecer qualquer motivação para
fazer algo.
Como podemos confiar a
punição da propaganda fraudulenta ao anunciante mais fraudulento de todos os
tempos – o governo?
A propaganda tem de ser
defendicda por aqueles que acreditam na liberdade de expressão – pois ela nada
mais é do que isso. É por demais fácil defendermos o direito de falar daqueles
cujo discurso favorecemos em qualquer caso. Mas, para o direito de livre
expressão significar algo, afinal, aqueles que não possuem a simpatia do
público, têm de ser defendidos. Os libertários aguardam ansiosamente por uma
defesa, pelo American Civil Liberties Union, dos direitos de livre expressão
dos anunciantes. Essa organização se manteve calada, omitindo-se, quando da
proibição de comerciais de cigarros na televisão.
O QUE GRITA “FOGO!” NUM
CINEMA LOTADO
(...) mesmo os que lutam
em defesa das liberdades civis e do direito de livre expressão, estipulam que
eeses direito não incluem o de gritar “Fogo!”.
Os direitos dos
frequentadores de cinemas podem ser protegidos sem se proíba legalmente a
livres expressão. Os donos de cinema poderiam fazer um contrato com seus
clientes (...). A pessoa que gritasse “Fogo!”, estaria, então, simplesmente
violando um contrato e poderia ser tratada como infratora. A situação seria
inteiramente análoga para os que celebrassem um contrato opara cantar, mas que
se recusassem a fazê-lo e, em vez disso, dessem uma palestra sobre
economia. O que está envolvido nos dois
casos não é o direito de livre expressão, mas a ogrigacao de honrar um
contrato.
A liberdade de expressão
é um frágil capim que está sempre correndo o risco de ser arrancado. (...) Se
forem feitas “exceções” ao direito de livre expressão, o frágil elo que o
man´tem estará enfraquecido. Não há quaisquer exceções legitimas ao direito de
livre expressão. Não há caso algum em que o direito de livre expressão esteja
em conflito com qualquer outro direito que nos seja caro.
A pessoa que grita
“Fogo!” num cinema lotado, pode ser considerada um heroi. Ele nos força a
considerarmos o quê está envolvido e o quê precisa ser feito para protegermos
um direito precioso que está em perigo.
OS FORA DA LEI
O motorista de táxi
clandestino.
As tarifas de táxi são
fixadas em lei e invariáveis, não importanto o destino da corrida. No entanto,
alguns destinos são mais perigosos do que outros, e os motoristas relutam em
atender essas áreas, que gteralmente são as áreas onde moram os pobres e as
minorias. Assim, quanto têm escolha, os motoristas tendem a selecionar os
passwageiros pelo status economifo ou cor da pele.
O cambista
Por que os teatros, cinemas
ou estádios imprimem os preços nos ingressos? Por que não permitir que eles
sejam vendidos a qualquer preço que o mercado aceite (...)?
Eliminar o sistema
financeiro a fim de de livra-lo de fortunas acumuladas de forma ilícita seria o
mesmo que jogar o bebê fora com a água do banho.
O policial desonesto
[Sérpico se justifica] é
que vender narcóticos é proibido por lei e, embora tenha jurado proteger os
direitos dos indivíduos, Sérpico também jurou manter a lei. Neste exemplo,
quando os dois juramentos são contraditórios, ele escolhe este último. [Na
verdade ele escolhe a partir de seu egocentrismo, manter seu emprego.] O
próprio fato de fazer parte do departamente de narcóticos demonstra que
prevalece em Sérpico sua lealdade à lei.
Dado que muito do que é
dever do policial fazer é prejudicial ao público em geral, sucede que, quamto
menos ativo for o policial, menos prejudicial ele será ao público em geral.
Existem porliciais que
se recusam a perseguir adultos voluntariamente envolvidos em atividades ilegais
voluntárias e que aceitam dinheiro de pessoas envolvidas nessas atividades; e h
á aqueles que exigem dinheiro dessas pessoas para permitir que elas desenvolvam
essas atividades.
A lição dos julgamentos
de Nuremberg é a de que algumas leis são, em si e por si próprias, um mal, e
obedecer a elas é errado. Também é igualmente difícil entender a noção de que
transgressão seletiva da lei estabeleça um precedente que, ao final das contas,
leve ao caos.
É imoral extorquir
dinheiro de prisioneiros por não os torurar; mas certamente é pior não tirar
dinheiro deles – e em vez disso, obedecer a ordens e tortura-los.
O AVARENTO
A acumulação de gandes
pilhas de dinheiro pelo avarento só pode ser considerada heróica.
Beneficiamo-nos com os níveis reduzidos de preços que disso resultam. O
dinheiro que temos e que estamos dispostos a gastar fica mais valorizado,
permitindo que o comprador compre mais com a mesma quantia.
O HERDEIRO
O verdadeiro
igualitarismo não significa apenas uma igual distribuição de do dinheiro, mas
também uma igual distribuição de considerações de ordem não montetaria. Como os
igualitários iriam reparar as iniqujidades entre os que feem e os que são
cegos, o que tee talento musical e os que não têm, os que são bonitos e os que
são feios, os que são presentadores e os que não são? E as iniqüidades entre os
que têm disposição alegre e os que são inclinados à melancolia? Como os igualitários
os mediariam? Será que se poderia tirar o dinheiro dos que têm “felicidade
demais” e dá-los aos que têm “de menos”, como compensação? Quanto vale uma
disposição alegre? Será que 10 dólares anuais comprariam cinco unidades de
felicidade?
Em um dos contos do
livro “Welcome to the monkey house”, de Kurt Vonnegut, as pess fortes eram
obigadas a carregar pesos, a fim de ficarem niveladas com o esto do povo; os
indivíduos com tendência musical eram obrigados a usar fones de ouvido que
emitiam sons estridentes, na proporção de seu talento musical.
O PRETAMISTA
Taxa de juros “justa” ou
um preço “justo” são coisas que não existem. Taxa justa só pode ser aquela que
pode ser livremente ajustada voluntariamente entre dois adultos. O mesmo vale
para preço.
O que determina que uma pessoa
se torne um prestador ou um tomador de dinheiro é sua taxa de preferência de
tempo, e não swua renda.
Se o prestamista tivesse
que escolher entre emprestar di aos pobres a taxas que considerasse baixas
demais e não lhes emprestar di, não é difícil saber qual seria sdua escolha.
OS MALES DA CARIDADE
O que se tornará cada
vez mais importante será a habilidade de viver num planeta superppfoado. As características
opostas à sobrevivência podem incluir uma alergtia a fumaça, excesso de
argtumentatividade ou belicosidade.
O governo dos Estados
Unidos [nos anos 50 e 60] pagava aos produtores ruais americanos mais do que o
preço de mercado porsua produção, com isso criando exceddentes gigantescos,
para os quais ainda mais dinheiro tinha de ser destinado. Grandes quantidades
dessa produção eram, então, enviadas para países cdomo a índia, onde a
atigidade agropecuária interna era virtualmente arruinada por essa importação subsidiada.
O sistema do bem-estar social é uma espécie de método de controlar
as massas com “pão e circo”.
Se um indivíduo é forçado a fazer doações, ele não é alguém que contibui
para a caridade, é a vítima de um assalto.
Longe de ser uma atividade abençoada, contribuir para a caridade
pode ter efeitos prejudiciais.
O MESQUINHO
Cada indivíduo é o dono natural de si mesmo, porque, na natureza das
coisas, sua vontade controla suas ações.
O SENHORIo
De qualquer um que fende a um preço acima de zero, pode-se dizer que
está cobrando demais, pois todos nós gostaríamos de não pagar nada por aquilo que
compramos.
Querer impor um nível de habitação “Cadillac” só pode prejudicar os
do “nível Volkswagen”. Isso colocaria toda a moradia fora do alcance dos
pobres.
Quando os aluguéis são controlados por lei a índices abaixo de seu valor
de mercado, o senhorio lucra mais, não em servir aos inquilinos, mas em
lifrar-se deles. Pois então pode substituí-los por inquilinos sem prerrogativas
legtais e que patam mais.
É a proibição de aluguéis altos, que causa a deterioração das
moradias.
O CAMPEÃO DE PRODUÇÃO
O jovem e ávido operário chega à fábrica para trabalhar, determinado
a ser um operário produtivo. No seu entusiasmo, produz mais do que os outros que
estão na fárica há muitos anos e que estão cansados, encurvados e artríticos. (...)
À medida que o jovem continua com sua produção acelerada, fica cada vez mais
alienado dos outros. (...) [Então] o submetem a um tratamento de silencio a ao purgatório
que um operário pode experimentar.
O EMPREGADOR DE MÃO DE OBRA INFANTIL
Há pais que tomam decisões insanas com relação aos filhos,
insensatas do ponto de vista dos que observam de fora. Disso não sucede que o
bem-estar das crianças será maior, se colocado nas mãos da máquina do Estado. Também
o Estado toma decisões insensatas e até insanas com relação às crianças, e é muito mais fácil para uma criança agandonar
os seus pais do que abandonar o seu governo, que controla a todos nós.