EXTRATO DE: A CORRUPÇÃO DA INTELIGÊNCIA
Autor:
Flávio Gordon
Ed.
Record: 2018/2021
“Quero saber quem seqüestrou a
inteligência brasileira. Quero o meu país de volta.” Bruno Tolentino [Atenção: isto foi dito em 1996,
ou seja, há uma geração atrás.]
Intelectuais
sérios conhecem algumas das características fundamentais do marxismo: a
pretensão de não só explicar o mundo (...) mas reconstruí-lo (...) a destruição
da ordem, das estruturas(...); dispensam qualquer preocupação ética; para
desagregar, confundir (...) vociferar contra tudo (...) de maneira que restem
apenas os próprios marxistas como exemplos de honestidade.
Para
Voegelin, Marx não passou de um “vigarista intelectual”. [E faz um alerta:]
“Ninguém está obrigado a participar da crise espiritual de uma sociedade; ao
contrário, todos estão obrigados a evitar a loucura e viver sua vida em ordem”.
Para
Olavo de Carvalho, a pretensão é de “controle esquerdista do imaginário”.
Os
intelectuais são ao mesmo tempo, os corruPTos, os corruPTores e, paradoxalmente,
as primeiras vítimas do fenômeno. [PT em caixa alta por minha conta.]
Não por
acaso, Hitler e Lula reivindicaram para si, mutatis mutantis, aquele “direito
ao crime”. (...) Lula é pura forma sem conteúdo.
Fonte
da autoridade para Voegelin: poder, razão e revelação.
Besançon:
o comunismo consegue ser pior que o nazismo, pois, ao contrário deste, soube
como ninguém tingir o seu mal especifico com as cores do bem; disfarçar a
amoralidade (ou nova moralidade) revolucionária sob o vocabulário da moral “burguesa”
ordinária (justiça, igualdade, liberdade etc.); parasitar e perverter o sendo
de caridade e o amor ao próximo. (...) induzindo
as boas almas a transigir com o mal (...)
Livro
de Allan Bloom: O fechamento da mente americana: “como a educação superior
traiu a democracia e empobreceu às almas dos estudantes contemporâneos.
Homens
que, por vezes muito dedicados a guiar a humanidade a esse ou aquele paraíso terreno
(a ponto de Robespierre haver chamado Rousseau de “professor da humanidade”),
revelavam-se incapazes de pôr ordem na própria existência.
Ofendidos
pela ditadura, os intelectuais (...) não
conseguindo derrubar o governo, interiorizaram a revolta, puseram-se a
derrubar a família, a moral, a gramática, a personalidade humana, os sentimentos,
o respeito pela civilização, tudo aquilo que adorna e enobrece a vida, para
disseminar em seu lugar um espírito de revolta nietzschiana e de cinismo
nelsonrodriguesco.
[os
intelectuais brasileiros foram] incapazes de notar que a tal “ascensão
conservadora” é, na verdade, a ascensão do pluralismo democrático que eles no
fundo desprezam.
O
modelo positivista implica que toda relação de conhecimento está baseada na
separação metodológica prévia entre um sujeito observador e um objeto observado
externo a ele. (...) No campo das antropologias a relação de cone se dá por participação
mutua numa mesma ordem do ser.
A
impessoalidade e a falta de estilo no abuso de eufemismos politicamente
corretos, o resultado foi uma linguagem rígida e seca, destinada a ocultar mais
que informar, desdizer mais que dizer, insinuar sem assumir.
No
interior da academia (...) um tribalismo generalizado transformou o ambiente
universitário numa praça de guerra entre as mais diferentes facções
ideológicas, (...) o dialogo tornou-se impossível, já que cada facção fala a
sua novilíngua particular. (...) Não há debates políticos que não sejam ações entre
amigos. (...) Não há crítica, apenas ausência
de contato.
Einstein:
Se queres descrever a verdade, deixes a elegância ao alfaiate.
Lobaczewski:
Uma sociedade histérica é aquela que considera qualquer percepção de uma
verdade desconfortável como um sinal de grosseria e falta de educação.
A “arrogância
suprema” de Jean Wyllis, ex-BBB e deputado auto-exilado: “Os livros, o
conhecimento, me livraram dos destinos imperfeitos e me colocaram numa posição
de transformar o mundo para melhor”.
A
espiral do silêncio: Apresentar um ponto de vista, ou mesmo informação, que
escape ao nível médio de conhecimento produz em quem o faz a curiosa sensação
de ser um alienígena.
Gustavo
Corção: O primado da inteligência é usurpado, e então, em vez do reto juízo,
nasce a opinião.
Num
ambiente cultural anárquico e voluntarioso, as pessoas dotadas de verdadeiro
conhecimento, (...) tendem a reprimir sua posição, com medo de, primeiro passar
por excêntricas, e, ato continuo, por pedantes. Assim é que a espiral do
silencio avança sem resistências.
[O
consenso nada mais é que o medo do isolamento social.]
Rudor
Kuntz chamou a inversão da realidade pela imprensa de “autofagia jornalística”.
Para
Gramsci, a revolução haveria de ser conduzida por meio de pequenas e quase imperceptíveis
rupturas, que se acumulariam lenta e gradativamente. Esse paciente processo de penetração
na sociedade civil Gramsci chamou de “hegemonia”. [Tal hegemonia] tratava-se em
Gramsci, de um plano de implantação do comunismo por vias “democráticas”, tendo
a democracia aí um valor meramente estratégico.
A ideia
é que, quando os partidos comunistas conseguissem, enfim, assumir o controle da
sociedade política, já houvesse toda uma cultura pronta para recebê-los de
maneira consensual.
Para
Orlando Figes, a meta final do sistema
comunismo é a transformação da natureza humana.
Gramsci
denominou as instituições culturais – as escolas, as universidades, as igrejas,
os jornais, a esfera do show business – de “aparelhos privados de hegemonia”.
(...) Para ele, “toda relação de
hegemonia é necessariamente uma relação pedagógica”.
Olavo
de Carvalho: Gramsci dá pouca importância à pregação revolucionária aberta, mas enfatiza muito o
valor da penetração camuflada e sutil. (...)
[os tais ‘aparelhos’] representam uma tropa de elite do exercito gramsciano.
O
Partido político, o moderno Príncipe gramsciano, é convertido em critério e
medida de todo juízo intelectual, moral ou estético. (...) É uma proposta,
portanto, de constituição de uma religião política, substituindo Deus pelo
Partido.
[Em síntese]
Gramsci propõe a lavagem cerebral e o adestramento pavloviano da sociedade,
(...) a coletivização das consciências e
das almas.
Hegemonia
tem a ver com educação, transmissão do conhecimento tem a ver com ensino.
Como
para Rousseau “o Estado permanece, e a família perece”, nada mais correto
afirmar que “não se deve abandonar às luzes e aos preconceitos dos pais a
educação de seus filhos”.
Coerção
sem uso da força: eis uma boa definição do “consenso” gramsciano.
Olavo
de Carvalho: Mesmo ao falar de assuntos que estão aparentemente a léguas de qualquer luta pelo
poder – as tragédias de Ésquilo, a arquitetura das catedrais ou a música de
Mozart – o intelectual marxista está sempre investigando a mesma questão ou
série de questões: quem está no poder, como chegou lá, como podemos tirá-lo de
lá e ocupar o lugar dele?
Para
Stalin, os escritores soviéticos, eram os “novos engenheiros de almas”.
Voegelin:
As ideologias destroem a linguagem, uma vez que, tendo perdido o contato com a
realidade, o pensador ideológico passa a construir símbolos não mais para
expressa-lá, mas para expressar sua alienação em relação a ela.
Ao
pretender conduzir os “simplórios” a uma concepção de vida superior, Gramsci
(...) os encara, não como pessoas, mas como um problema social (...).
Por linguagem ideológica,
refiro-me ao fenômeno diagnosticado por Eric Voegelin como a “proibição de
perguntar”. E é ele que diagnostica: “Confrontamo-nos aqui com pessoas que
sabem que e por que, suas opiniões não podem resistir a uma analise crítica e
que, portanto, fazem da proibição do exame de suas premissas parte de seu dogma”.
Mário
Vieira de Mello: O debate entre marxistas e não marxistas é coisa
intelectualmente impossível pela simples razão de que os marxistas acreditam
possuir uma nova estrutura de consciência que lhes garante o acesso a
horizontes intelectuais que até então não
haviam entrado no campo de visão do homem.
Na década
de 1990, aproximadamente um terço das dissertações ou teses no campo acadêmico-educacional
citava o nome de Gramsci (...) o teórico do aparelhamento [que] no caso do
aparelhamento petista do Estado transformou os poderes Legislativo e parte do
Judiciário, além de (...) organizações da sociedade civil (UNE, OAB, CNBB entre
outras) em meros órgãos do partido [mas tudo isso] precedido pelo aparelhamento
da cultura.
O que
se fala continua sendo bem menos importante que quem e como se fala.
Alain
Besançon: O instrumento mais poderoso do poder é a confecção de um novo idioma
em que as palavras assumem um sentido diferente do habitual. (...) Seu emprego
pelo povo é a marca imediatamente visível de sua servidão.
Rui
Barbosa: a degeneração de um povo e de uma nação começa pelo desvirtuamento da
própria língua [e] é inevitável reconhecer estarmos atualmente em maus lençóis.
O uso
do qualificativo “suposto/suposta” permite lançar dúvidas ali onde não as há.
Irving
Babbit: Quanto mais, na verdade, se estuda o século XVIII, mais evidente fica
que todas as outras revoluções modernas foram precedidas, quase ao mesmo tempo,
por uma revolução no dicionário.
Algumas
pessoas ou categorias de pessoas são sempre oprimidas, mesmo quando
eventualmente oprimem [e vice-versa]. Os “negros” são necessariamente
oprimidos, os “brancos”, opressores [e por aí e além].
Dois
colegas brancos foram assassinados ao vivo por seu colega negro. Notícia:
“Jornalistas são mortos por atirador...”.
O
leitor brasileiro que se informa apenas pelos grandes jornais, vê-se na condição
de Sancho Pança, seguindo fielmente o “cavaleiro de triste figura” em sua
interpretação delirante do mundo.
Caso
você acalentasse a profunda “sensação” de ser um craque de futebol, passaria a
exigir na justiça a sua imediata convocação para a seleção brasileira? (...)
Quando a subjetividade humana passa a servir de critério absoluto, tudo então
há de ser permitido.
Victor
Klemperer: O nazismo se embrenhou na carne e no sangue das massas por meio de
palavras, expressões e frases impostas pela repetição, milhares de vezes, e
aceitas inconscientemente e mecanicamente. (...) Palavras podem ser como minúsculas
doses de arsênico: são engolidas de maneira despercebida e parecem ser
inofensivas: passado um tempo, o efeito do veneno se faz notar.
Vivemos
a era da bondade espalhafatosa, autocomiserada, narcísica e vaidosa de si.
(...) “Sou bom, logo, tudo me é permitido”.
Tzevetan
Todorov: a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os
outros e, por isso, nos enriquece infinitamente. Ela nos proporciona sensações
insubstituíveis que fazem o mundo real se tornar mais pleno de sentido e mais
belo.
Para
Rousseau a ideia de que a falibilidade e mesmo a maldade humanas podem, de
algum modo, ser eliminadas definitivamente. (...) uma reengenharia psicossocial
bem planejada seria, por si só, capaz de fazer um mundo melhor e mais justo.
Karl
Kraus: Quando o sol da cultura está baixo, até os anões lançam longas sombras.
Tanto a
televisão quanto o jornal da família Marinho foram sempre um porto seguro para
a esquerda e, em particular, para os membros do PCB. [Lembremos da resposta de Roberto Marinho ao
então Ministro da Justiça:] “Cuide dos seus radicais, que dos meus comunistas
cuido eu”.
A
infiltração de comunistas nas redações da imprensa burguesa, inclusive em
cargos de chefia, era uma política do partido, uma política de ocupação de
espaços.
A
partir da década de 1960 o pensamento de direita foi, esse sim, praticamente banido
dos meios de comunicação.
A
direita real foi banida e, na falta de exercício intelectual, a própria
inteligência de esquerda atrofiou brutalmente. Era o fim da alta cultura e do
debate de ideias no país, substituídos cada vez mais por corporativismo e
patrulhamento ideológico.
Para o
grande “proletariado intelectual” se apóia em delirantes silogismos: direita,
logo elite; elite, logo egoísta, logo inimigo do povo; inimigo do povo, logo
racista; racista, logo estadunidense; estadunidense, logo imperialista;
imperialista, logo sionista.... e assim sucessivamente até que o perfeito
idiota juvenil (categoria que, infelizmente, não exclui homens em idade
provecta), qual o touro em vista da cor vermelha, explode finalmente em gritos
de “fascistas!, fascistas!, não passarão!”
Louis
Fischer: autor do conceito de Kronstadt, que assinala a decisão moral de passar de um estado passivo de
ex-comunismo a um anticomunismo atuante(...). Para ele Kronstadt é o símbolo condensado de um salto de consciência.
Arthur Koestler
(espião russo convertido) descobriu que o clima de fraternal camaradagem entre
os membros do partido era indissociável de uma desconfiança mutua e
generalizada.
Koestler:
Duas horas exposto a esse tambor dialético e você já não sabe se é homem ou
mulher, predispondo-se a aceitar qualquer uma das opções se a alternativa
contrária aparecer entre aspas de ironia.
É
importante observar a existência de um capitalismo subterrâneo em vigor na
URSS, onde se criou uma brutal divisão social pela qual os altos membros do
governo, do partido e do funcionalismo público tinham acesso, via mercado negro
e corrupção a produtos importados e exclusivos, enquanto o restante da
população vivia na escassez das mercadorias locais.
Livro:
URSS: a sociedade corrupta – o mundo secreto do capitalismo soviético, de
Constantin Simis.
Koestler:
Uma de minhas funções era manter convidados estrangeiros permanentemente
embriagados (...) servindo-lhes um copo de vodca, e logo um segundo copo de
vodca, e em pouco tempo os meus convidados estavam se sentindo bem alegres,
vendo tudo em cor-de-rosa, e é nesse estado que eu tinha de mantê-los pelos próximos quinze ou vinte dias.
Koestler:
Tudo aquilo pode soar monstruoso e, no entanto, era tão fácil de aceitar uma
vez que se anda sobre a linha exclusiva da fé.
Pessoas
queridas, por tanto tempo fieis à utopia soviética, passavam subitamente a ser
acusadas dos crimes mais inverossímeis, tais como o de tentar envenenar Stalin
ou passar informações para a Gestapo.
Bertold
Brecht respondendo a respeito da eventual inocência dos condenados: “Se eram
inocentes, tanto mais mereciam ser fuzilados”;
.
Koestler:
Em nenhuma época, e em nenhum lugar, tantos revolucionários foram mortos e
reduzidos à escravidão quanto na Rússia soviética.
De
acordo com Ladislav Bittman, ex-funcionário da StB, agencia de inteligência
tcheca e principal braço da KGB para ações de propaganda na América Latina, por
volta de 1965 o serviço secreto tcheco dispunha de um sem-número de jornalistas
atuando como seus agentes na região, dedicados especialmente às chamadas
“medidas ativas”, que incluíam ações de propaganda, desinformação e divulgação
de documentos falsos que comprometessem os Estados Unidos e o seu serviço
central de inteligência.
Edward
B. Taylor: a cultura é um complexo que inclui conhecimento, crença, arte,
moral, lei, costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo
homem como membro de uma sociedade.
Paul C.
Mishler, historiador americano, mostra como nas décadas de 1920 a 1950, o
partido comunista empenhou-se em formar instituições cujo objetivo era
transmitir a sua visão de mundo às crianças, envolve-las desde cedo num
ambiente total para o desenvolvimento da personalidade.
George
Orwell: O mal de quase todo esquerdista desde 1933 foi ter querido ser
antifascista sem ser antitotalitário.
Revel:
O muro caiu em Berlim, mas não nas mentes.
Toda ação humana foi politizada,
ou seja, vista como disputa por poder, e todo indivíduo agora se vê como
ativista e representante de uma causa. O fulano já não é apenas homossexual:
ele agora é um combatente da causa LGBT contra a perversa heteronormatividade.
Para
Bruce Bawer estamos assistindo à “revolução das vitimas”.
Com
Nietzsche, o intelectual de esquerda aprender que a sua vontade – mas só a sua
– é soberana.
Toda
vez que age, a esquerda imagina reagir. E mesmo quando exerce o poder das
maneiras as mais totalitárias e brutais, vê-se sempre como vítima de um poder
anterior que justifica as suas ações.
Há duas
coisas que o comunismo fez em escala industrial: denunciar e matar.
Ditadores
da esquerda revolucionária serão sempre mais totalitários e sanguinários que os
outros. (...) Um revolucionário corrupto será sempre mais corrupto que um não
revolucionário.
Os
petistas se convenceram de que, por serem excepcionalmente virtuosos, haviam
forçosamente de gozar de um “direito ao crime”.
A
sociedade utópica dos esquerdistas é uma “promessa autoadiável”.
Para
Besançon, o projeto comunista consistiu numa corrupção da ética.
Resolução
vazada do PT após afastamento de Dilma: “Fomos igualmente descuidados com a
necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem
conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público
Federal (...)”.
A
ditadura de 1964-1985, antes que de direita, foi acima de tudo militar. Foi
militar essencialmente. De direita apenas acidentalmente (...).
Golbery:
Os povos são um mito, só existem as nações, e a Nação é o Estado”. Para ele a
sociedade era compreendida como puro objeto da ação estatal. (...) Já em 1980,
ele advogava pela necessidade imperiosa da abertura do regime e o fim da
censura à imprensa era questão prioritária.
Marcos
Napolitano: Cerceados de maneira cada vez mais truculenta no campo político, as
esquerdas passaram a ver na esfera cultural não apenas um exercício simbólico
de resistência, mas um campo de afirmação de suas estratégias políticas e fatores
ideológicos.
Mesmo
nos períodos mais fechados da ditadura, como durante a vigência do AI-5, as
tentativas de controle cultural por parte dos militares foram relativamente
amadorísticas, sobretudo se comparadas [ao que aconteceu] na Alemanha Oriental
ou em Cuba, onde havia um potencial espião do regime para cada três ou quatro
cidadãos, e onde até mesmo familiares denunciavam-se mutuamente. Jamais se viu
nada próximo a tal ambiente totalitário durante a ditadura militar no Brasil
(...).
O
sentimento primordial que a censura inspirou nos bem-pensantes brasileiros foi
sempre o ridículo.
Livro
Mea Culpa, de Guillermo Cabrera Infante, um relato kafkiano do sistema
castrista de perseguição política.
A
civilização começa quando o homem renuncia à satisfação integral das
necessidades, dado que, se totalmente irrefreados, os instintos seriam um
obstáculo incontornável à vida em sociedade [modus in rabus].
Grande
parte do que hoje se chama de (...) “direitos sociais e reprodutivos” não passa
de um anseio de retorno ao princípio do prazer, um clamor por eternamente
mamar, gozar, receber, fruir.
Marcuse
(...) conseguiu promover uma nova barbárie escatológica.
Em
julho de 1961, o então chefe da KGB Alexander Shelepin enviava a Kruschev um
plano para explorar a cabeça de ponte (Cuba): a ideia era financiar os
movimentos de libertação nacional do Terceiro Mundo para que conduzissem
levantes armados contra governos considerados “reacionários” ou
“pró-americanos”.
O que
José Serra tachou de “fantasioso” é, no fim das contas, a mais pura verdade: os
planos de implantação do socialismo por via armada antecederam e causaram o
contragolpe militar, contrariamente ao que tem rezado a cartilha consagrada
pela intelligentsia de esquerda.
É
próprio da virtude moral (...) manter-se íntegro em ambientes imorais, e justo,
em tempos infames. Não fosse assim e a humanidade não teria gerado, como o fez
nas mais variadas épocas, santos, mártires e heróis, homens e mulheres que se
negaram a transigir com o mal justo quando todas as circunstâncias ´pareciam
exigi-lo.
Jean
Sevillia: O terrorismo intelectual visa transformar o adversário em animal a
ser abatido.
[Zeitgeist:
espírito da época, espírito do tempo ou sinal dos tempos.]
[No
início da década de 1960], a América Latina esteve majoritariamente sob
“jurisdição” do serviço secreto da Tchecoslováquia, a StB.
A
inteligência tcheca, fabricou a lenda da orquestração americana do golpe de
1964, e cujos pormenores Bittman confessa em seu livro.
Michael
Löwy, sociólogo: O problema do PT foi não ter sido suficientemente de esquerda.
[Não irão cometer o mesmo erro outra vez.] É como se nos dissesse: “Está vendo?
Vocês ainda não nos deram o poder ilimitado. Por isso as coisas deram
errado."
Daniel
Pécaut: a ideologia tem permitido aos intelectuais brasileiros “ser elite
quando necessário, ou povo quando conveniente”.
PT
sempre foi um partido gramsciano por excelência.
Resta
que alguns brasileiros estão a postos para impedir que a farsa prospere.
Emil
Cioran, escritor romeno: A sociedade é um inferno de salvadores.
Não se
chega a esse estado de coisas sem um grande esforço combinado entre diversos
atores que, por ação ou omissão, contribuem para o conjunto da obra. (...) O
que se vê hoje nos campi é resultado da perda total do senso de medida e de
hierarquia, de um perigoso estado de indiferença onde ninguém sabe mais o seu
lugar e os seus limites institucionais.
Henrich
Heine: onde queimam livros, acabam queimando pessoas.
Livro:
A tragicomédia acadêmica: contos imediatos do terceiro grau. De Yuri Vieira.
Os
reitores estão metidos até o pescoço no processo de sovietização da academia.
Crane Brinton: As vitórias comunista, nazista e fascista
sobre os moderados não foram obtidas com a participação da maioria; todas foram
obtidas por facções pequenas, disciplinadas, dogmáticas e fanáticas.
Nicholas
Kristof, jornalista do New York Times: Aceitamos muito bem as pessoas que não
se parecem conosco, com a condição de que pensem como nós.
A dramaticidade do que se passa
nas universidades brasileiras ainda não foi devidamente apreendida (...) que a
esta altura deveria estar mobilizando as nossas melhores inteligências, se estas
já não fossem tão poucas ou não tivessem seus rabos ideológicos e
corporativamente presos.
É o
olhar dos jovens que os revela: se, antes, entrevia-se nos olhos de cada um o
brilho de uma personalidade singular pronta a se desenvolver, as novas fotos
revelam invariavelmente a presença de um mesmo olhar esmaecido, o olhar bovino
de quem se livrou de uma autoridade familiar e benfazeja apenas para render-se
ao arbítrio de uma força coletiva de homogeneização das consciências. Os pais,
que outrora lamentavam perder os filhos para as drogas e as más companhias,
agora os perdem para a universidade (...) esta gigantescas maquias de
despersonalização.
Vídeos
citados por Gordon e já retirados das plataformas:
1.
Repórter
da Globo ignorando resposta de entrevistado que não
era o que queria ouvir: https://www.youtube.com/watch?v=32Y9aQsmVs
2.
Enéas
respondendo a um jornalista brasileiro porque a humanidade se extinguiria se a
homossexualidade fosse generalizada: https://www.youtube.com/watch?v=OqSkuhyRV20
3.
Olavo
de Carvalho “Derrubando a história oficial de 1964: http://www.midiasemmascara.org/arquivos/10973-derrubando-a-historia-oficial-de-1964.html
4.
CONTA
SUSPENSA: Antes de depois da Federal – http://www.twitter.com/antesdepoisdafe