Mensagem a Regina,
1999 foi o melhor ano de minha vida. Com certeza. E devo isto a você.
Não fosse você ter aceitado a sondagem da Ana e nós não estaríamos onde estamos. Não fosse você e nada disso teria acontecido. Não fosse você ser a profissional que é, e a proposição de ser sócia da Regina Ida nem teria sido considerada. Lembra de quantas vezes achei que você deveria ter pedido demissão? Lembra de quantas vezes você se sentiu frágil, cansada, desmotivada? Mas seguiu para mais um dia de espera pelo “dia”. E “o” dia chegou.
Mas eu prefiro imaginar que foi o melhor ano de “nossas” vidas porque realizamos junto o que nem imaginávamos. Lembra de quantas foram as tentativas para iniciarmos um negócio? Evidentemente coloquei a culpa pela não realização sobre você, machista e cafajeste que nós homens somos. Mas não lhe parece lógico agora?
E que bom chegar ao final de 99 com a Paula superando seu primeiro ano como Professora. Professora sim senhora! Daqueles pequerruchos que precisam tanto do carinho e dedicação que só a Paula é capaz de dar.
E o Felipe superando os medos de todos nós e “arrebentando” em todas as matérias para completar a faculdade com notas mais que mil?
Não posso reclamar. Nem mesmo da Altermark que tomou minhas preocupações durante todo este ano. Apostamos alto, muito alto. Fomos agraciados por investir na honestidade, seriedade e profissionalismo. Vencemos o que estava perdido. Se tivesse sido perguntado sobre tal hipótese minha resposta, segura, tranquila, teria sido: sem chance.
Este “foi” o melhor ano de nossas vidas. Mas este não “será” o melhor ano de nossas vidas porque ainda temos muito a realizar juntos. Eu vou continuar brigando com você. Você comigo. Você vai, maravilhosamente, continuar a ser essa mulher tresloucada, desmiolada, alucinada, bonita, gostosa, maravilhosa. Ainda bem. Eu vou continuar nessa exigência sem fim, nesse perfeito mais que perfeito tão imperfeito que sou.
Conquistamos. Não que seja tudo. Não que seja muito. Não que seja. Mas é muito bom o que conquistamos.
Te amo. É simples assim.
31 de dezembro de 1999